Sistema contra enchentes em Santos é implantado sob medidas especiais de segurança

A construção de uma estação elevatória, um canal e uma comporta na parte aterrada do mangue no final da Avenida Haroldo de Camargo (Castelo), uma das principais obras contra enchentes que a Prefeitura realiza na Zona Noroeste, avança com rapidez e muita atenção à segurança, foco deste Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, 27 de julho.

Cumprindo a Norma Regulamentadora (NR) 18.7.2, do Ministério do Trabalho e Emprego, a fundação da obra, que já se encontra 70% executada,  conta com  estacas prancha, que são escoras para reter a terra e evitar acidentes enquanto os operários concretam o fundo do reservatório, que está divido em vários compartimentos de 12 metros quadrados e 4,30m de altura. Em cada espaço desses também foi colocada uma escada para os trabalhadores subirem rapidamente, em caso emergência.

Área delimitada em reservatório com escada para saída rápida de operários

“Ainda dentro das medidas de segurança, está estipulado que o menor número possível de funcionários trabalhe ao mesmo tempo em cada área, para que a fuga em uma emergência seja rápida”, explica o técnico de segurança da Secretaria de Infraestrutura e Edificações (Siedi), Almir Frade. “Também deixamos uma bomba de sucção preparada para escoar a água da maré quando ela sobe, com um funcionário em monitoramento constante para o acionamento”.

Com prazo de entrega antecipado de 24 para 18 meses, devido a um aperfeiçoamento da metodologia construtiva, o sistema contra enchentes do programa de macrodrenagem Santos Novos Tempos (SNT) entrará em funcionamento em janeiro do próximo ano.

Na parte de fundação, 70% dos serviços já foram executados

Na obra são investidos R$ 37,5 milhões, sendo R$ 22 milhões oriundos de empréstimo do FGTS (Programa Avançar Cidades), supervisionado pela Caixa Econômica Federal. O restante da aplicação é contrapartida do orçamento municipal.

Dispositivo vai beneficiar bairros de Santos e São Vicente

O sistema vai conter alagamentos com chuva forte ou fraca, associados à maré alta ou baixa, contemplando principalmente os bairros Castelo e Areia Branca, além de parte do Jardim Guassu, em São Vicente. O mecanismo foi projetado para trabalhar com armazenamento das águas pluviais em reservatório correspondente a três piscinas olímpicas.

A retirada das águas retidas no reservatório será feita por meio de três bombas com capacidade para sugar o correspondente a até seis caixas d’água de mil litros por segundo. Com mecanismo associado ao uso de comporta, todo esse volume de água será lançado de forma gradual no Rio dos Bugres, para desaguar no canal do Estuário.