Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Símbolos de santos mostram história da cidade

Publicado: 12 de maio de 2006
0h 00

Brasão de Armas, bandeira, Marco Zero... Os símbolos municipais, muitas vezes despercebidos, são um instrumento valioso para se conhecer as origens da Cidade. O Marco Zero, na Praça Mauá, no Centro, é de grande importância não só para Santos. Afinal, ele foi o primeiro instalado para os serviços técnicos do Cadastro Imobiliário do Estado de São Paulo, em 1940. Sua inauguração teve a presença do então interventor federal no Estado (o Brasil vivia sob o Estado Novo), Adhemar Pereira de Barros, e do prefeito municipal à época, Cyro de Athayde Carneiro. Utilizado como referência geográfica para medição de distâncias, foi construído em granito polido de Piracicaba. Dentro dele está o Marco Distrital Padrão, concretado a 35 cm abaixo do nível do terreno. A bandeira de Santos foi instituída pela Lei nº 1.986, de 3 de outubro de 1957, sancionada pelo então prefeito municipal, o engenheiro Sílvio Fernandes Lopes. Toda branca e retangular, tem no centro o Brasão de Armas da Cidade. Este, por sua vez, tem um histórico polêmico. Adotado em 20 de setembro de 1920, seu primeiro desenho foi feito por Benedicto Calixto, que seguiu o que estabelecia a Lei, além de se inspirar no brasão estampado no estandarte feito em 1888, a mando da antiga Casa da Câmara. Como era leigo em heráldica, arte secular que possui muitos detalhes, Calixto cometeu vários erros nos elementos que o compunham. Em 2004, passou a vigorar o novo brasão, com alterações elaboradas por uma comissão especial e sancionadas pela Lei nº 2.134. Uma delas diz respeito ao número de torres ao alto. As quatro torres anteriores eram a representação de aldeia, e não de cidade. Além disso, o dourado usado anteriormente só podia ser usado por capitais. Atualmente, a coroa mural de prata, com oito torres (cinco à vista), está de acordo com os mandamentos da heráldica. Todo o processo de adaptação artística do brasão municipal e a definição das cores foi feita pela Secretaria de Comunicação Social (Secom). A frase em latim no brasão municipal pode ser traduzida como À pátria ensinei a caridade e a liberdade. Este lema alude à fundação da Santa Casa de Misericórdia de Todos os Santos, primeira do Brasil e que cujo nome batizou a Cidade. Também faz referência à liberdade, já que Santos é reconhecida por sua tradição abolicionista e de luta pela independência do Brasil, com a figura de seu filho mais ilustre, José Bonifácio de Andrada e Silva. As cores oficiais de Santos são o branco e vermelho, representando a paz e a coragem. A Cidade ainda não possui um hino oficial. Entretanto, dois hinos tradicionais evocam a memória santista: Santos e Hino a Santos. O primeiro é de autoria de Luiz Otávio, com arranjo do maestro Ignácio Pinto de Souza. Uma de suas estrofes diz: O seu passado é de glória / com tantos filhos na História / Terra adorada e benquista, / graças a Deus eu sou santista. Já o segundo foi composto por Ozório Baroni, com música de Norberto Barbieri. Seus primeiros versos são: Santos terra fecunda / De beleza e de bondade / Terra onde ainda / Existe a caridade.