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Selab vira palco para teatro do oprimido

Publicado: 2 de outubro de 2009
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No palco improvisado, pacientes e multiplicadores assumem papéis comuns do dia a dia. Usando alguns adereços, se transformam em donas de casa, chefes do lar, vizinhos mexeriqueiros, filhos usuários de droga, funcionários, cidadãos em busca de remédios, entre outros. Como recurso técnico, nada. A iluminação fica por conta da luz do sol e o efeito da sombra projetada por ele. Já com o barulho do pandeiro, juntamente com o som das palmas e algumas canções é possível criar a trilha sonora das cenas. Foi dessa forma que aconteceu, nesta sexta (2), o Diálogo de Processos Artísticos, na Selab (Seção Lar Abrigo), situada à Praça Washington, 15, no José Menino. No local, 11 grupos de Santos e Guarujá, que desenvolvem o projeto do Teatro do Oprimido, apresentaram cenas de Teatro-Fórum no evento organizado pela SMS (Secretaria de Saúde). "O Teatro do Oprimido nos veio como uma estratégia para rever a forma de inclusão desses pacientes e humanizar essas relações, explicou a coordenadora de Saúde Mental, Sandra Murat. Segundo ela, além da técnica ser, aparentemente, lúdica, acaba tendo um valor terapêutico grande por ser um projeto institucional. Somado a estas justificativas, encontra-se mais um fator adicional à iniciativa: a importância de sua existência. Para a enfermeira do Naps 4 (Núcleo de Apoio Psicossocial), Janeth Cleide Castro Santiago, o mérito se deve à integração do paciente com as outras pessoas e a forma de ele expressar o que sente. Durante a programação houve também uma exposição sobre a Estética do Oprimido, com bandeiras, poesias, esculturas e fotografias. Ela mostra que todos têm condições de produzir algo bonito, desde que seja criado com verdade e que represente a essência de quem o faz, disse o acompanhante terapêutico da Selab, Vlamir Mateus Leite.