Seduc lota o municipal com o ´formando platéia´

Aplausos e risos em cena aberta aconteceram, ontem (2) pela manhã, no Teatro Municipal Brás Cubas, ocupado por alunos de mais de dez escolas da rede municipal que participaram do ´Projeto Formando Platéia´, da Secretaria de Educação (Seduc). O projeto estreou este ano e se realiza mensalmente, com o objetivo de levar os estudantes a apresentações artísticas, visando trabalhar com eles a postura na platéia, o espírito crítico e o contato com a arte. Na manhã de ontem, os participantes puderam conhecer de perto a arte cênica, assistindo a um trecho da peça infantil 'Cegonha Boa de Bico', encenada por alunos da ´Oficina de Teatro´, da Secretaria de Cultura (Secult), sob a direção de Egbert de Mesquita. Antes de o espetáculo começar, os cinco atores que formavam o elenco ocuparam o cenário e, junto com o diretor, demonstraram os diversos exercícios que fazem para empostar a voz e aperfeiçoar a dicção, dividindo a técnica com a platéia, que participou entusiasmada. Percebendo as diferenças Coordenando o projeto, Maria Vitória Alvares Vieira mostrou aos alunos que teatro é diferente da tevê: "Não dá para ficar falando, enquanto os atores interpretam, senão ninguém aproveita nada". Eles também perceberam a diferença entre o cinema e o teatro, quando as luzes se apagaram. Logo notaram que agitação ou barulho na platéia traz prejuízo, principalmente para os espectadores. Assim, mantiveram-se atentos e em silêncio, aproveitando cada minuto e se divertindo muito com a história de crianças que querem descobrir como nascem os bebês, em que não faltam músicas e brincadeiras. No encerramento, Gabriela, Taiana, Nicolas, Natália e Rafael, os artistas do ´Grupo Fúrias de Teatro´, que têm entre 12 e 14 anos, viveram momentos de estrelato, distribuindo autógrafos e beijos para os pequenos fãs. Eles também responderam a dezenas de perguntas dos estudantes, que fizeram fila para apresentar suas questões ao elenco e ao diretor: "Quanto tempo demora para se decorar um texto?", "O que vocês fazem quando erram ou esquecem?", "É fácil fazer teatro?" foram algumas.