Seac aponta o atendimento a 847 pessoas ortadoras de deficiência no primeiro semestre

A Seção de Atenção à Pessoa Portadora de Deficiência (SEPPD), órgão da Secretaria de Ação Comunitária e Cidadania (Seac), atendeu 847 pessoas no primeiro semestre de 2000. No mesmo período, foram realizados 157 encaminhamentos dos mais variados tipos: à gratuidade no transporte coletivo, à isenção de IPTU, à colocação profissional, ao credenciamento para estacionamento junto à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), à busca de vagas em organizações não-governamentais, aos programas da área de esporte, à busca de benefício de prestação continuada e outros. Os números são considerados bastante significativos principalmente porque o serviço é relativamente novo, tendo sido criado a partir da Reforma Administrativa que entrou em vigor em 1º de julho de 1998, e oficialmente implantado no final de 98. O objetivo da seção é receber pessoas portadoras de deficiência e suas famílias, orientá-las e prestar esclarecimentos sobre formas de reestruturação doméstica, habilitação e reabilitação. Com o balanço do atendimento feito pela SEPPD torna-se mais fácil saber que tipo de deficiências têm maior incidência em Santos, quem são e onde vivem as pessoas mais atingidas, em que faixa etária e limite de renda elas estão inseridas e quais suas principais necessidades. Perfil – O levantamento mostra, por exemplo, que ao contrário do que a Organização Mundial de Saúde (OMS) projeta, em Santos a incidência de deficiência física supera a mental (ver quadro). Só para ter uma idéia, dos 847 usuários atendidos na SEPPD no primeiro semestre, 464 eram do sexo masculino e 383 do sexo feminino. Um dado bastante interessante mostra que 23,8% (202) deles têm renda entre 5 e 10 salários mínimos; 23,1% (196) até 1 salário mínimo; e 16,2% (138) de 2 a 3 salários mínimos. Com relação à faixa etária, 37,6% (319) têm de 31 a 50 anos; 31,4% (266) têm mais de 51 anos; 18,8% (160) de 19 a 30 anos; e 8,9% (76) de 12 a 18 anos. O maior número de atendidos foram provenientes da Aparecida (87). Na seqüência vêm os do Campo Grande (54), Embaré (53) e Ponta da Praia (47). Outro fato importante indicado pelo balanço está ligado à origem das deficiências das pessoas atendidas pela SEPPD. Dos 847 casos registrados, 257 estavam relacionados a indivíduos com deficiência congênita; 92 a problemas ocasionados pós-parto; 28 em função de acidentes de trabalho; e, a maioria, 470, resultado de seqüelas dos mais variados tipos de doenças. O alto número de pessoas portadoras de deficiência em função de algum tipo de seqüela (470) é resultado do próprio cenário social do Pais caracterizado pela violência urbana e rural, acidentes de trânsito, pobreza familiar, falta de informação à população sobre prevenção e aquisição de deficiências, envolvimento de crianças e adolescentes com drogas, exclusão social e outros. Casos de deficiências mais atendidos na SEPPD no primeiro semestre de 2000 (*) Física: 421 Mental: 158 Auditiva: 121 Visual: 65 Múltipla: 13 Paralisia Cerebral: 30 Síndrome de Down: 26 Autismo: 9 Hemofilia: 4 (*) (*) Atendidos por constarem na Lei Municipal 1.268, que trata da gratuidade nos transportes para deficientes. Balançoppddi/di