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Santos está entre os 6 municípios do estado que iniciam o programa nacional de humanização

Publicado: 20 de junho de 2001
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O Município de Santos, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), está entre os seis municípios do Estado, com boa qualidade de vida, incluídos na primeira fase do Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), lançado na última terça-feira, em Brasília, pelo ministro da Saúde José Serra. A SMS participou da solenidade do lançamento do programa nacional, que tem como objetivo melhorar a qualidade e a eficácia do atendimento prestado aos pacientes do Sistema Único da Saúde (SUS) e promover uma nova cultura de humanização da rede hospitalar. A qualidade do contato humano é considerado um dos pontos críticos do sistema hospitalar público brasileiro, mesmo em instituições de bom padrão de equipamentos. O programa vai se desenvolver em duas etapas. Na primeira, 94 hospitais foram escolhidos, sendo 29 na Região Sudeste (incluídos os de Santos), 12 na Região Norte, 22 no Nordeste, 19 no Centro-Oeste e 12 na Região Sul. Até o final de 2002, 450 hospitais estarão participando do programa e receberão subsídios das instituições que estão participando da primeira fase, inclusive de dez hospitais que foram selecionados como projeto-piloto de humanização, desde maio do ano passado. Um detalhe importante: Ao final da primeira etapa do PNHAH, os hospitais que se destacarem na promoção da assistência humanizada receberão o título de ¨Hospital Humanizado¨ durante um ano. No Estado de São Paulo participam os municípios de Santos, Vinhedo, Campinas, Franca, São José do Rio Preto e Marília, sem contar São Paulo, sede da Secretaria Estadual de Saúde, que também está envolvida no programa. RESPEITO E ATENÇÃO AO PACIENTE O Programa de Humanização da Assistência Hospitalar pretende melhorar a qualidade da assistência hospitalar, a partir das constatações do próprio ministro José Serra, que, em 1999 identificou significativo número de reclamações dos usuários sobre os maus-tratos nos hospitais do SUS. Foi criado pelo Ministério da Saúde o Comitê Técnico de Humanização para elaborar a proposta que originou o Programa Nacional. O PNHAH parte do princípio que para melhorar a qualidade da assistência não basta apenas investir em equipamentos e tecnologia. É imprescindível também que o paciente seja bem tratado, com respeito e atenção. O Ministério da Saúde entende que o funcionário que presta o atendimento – seja médico, recepcionista ou enfermeiro – deve compreender o estado de fragilidade em que se encontra o paciente. O programa também vai contemplar a humanização das condições de trabalho dos profissionais. Os funcionários que se sentem respeitados pela instituição prestam atendimento mais eficiente. SANTOS ANTECIPOU Essa é também a filosofia que vem sendo adotada pela SMS que, antecipando-se à iniciativa do Governo Federal, já criou o ´Programa Voluntários da Saúde´ em abril, lançado oficialmente ontem. Segundo a SMS, 50% da eficácia do tratamento depende da forma como a pessoa é acolhida e respeitada pelos profissionais da saúde. A Secretaria Municipal de Saúde já vem adotando uma atenção diferenciada aos usuários que procuram as unidades municipais, sobretudo por meio de vários programas existentes, que priorizam com ações múltiplas, a Saúde da Mulher, da Criança e do Idoso e a prevenção de várias doenças. O Hospital e Maternidade Silvério Fontes, onde atua uma equipe multidisciplinar na atenção às gestantes de risco, é detentor do título de Maternidade Segura, concedido pelo Governo do Estado, e Hospital Amigo da Criança , outorgado pelo Unicef. Mas, muita coisa será aprimorada a partir desse programa de incentivo à solidariedade, que vai capacitar os funcionários das instituições envolvidas, sendo que a SMS receberá recursos para essa capacitação. As ações serão regionalizadas. Cada hospital vai elaborar uma prática de acordo com as suas características, formando seu próprio grupo de trabalho. Segundo a SMS, seis funcionários estarão participando inicialmente dos cursos de capacitação de treinamento, que serão realizados nos municípios e também na Capital. Na primeira fase do PNHAH, o País será dividido em oito grupos de multiplicadores de humanização hospitalar, sendo que três atuarão no Sudeste. Esses grupos, integrados por equipes contratadas pelo Ministério da Saúde, terão dois representantes das secretarias estaduais e dois representantes das secretarias municipais de Saúde. Eles promoverão a capacitação dos profissionais nos hospitais por meio de ´workshops´, distribuição de material informativo e cursos de formação. Os dez hospitais do País, que já serviram, desde maio do ano passado, para desenvolvimento do projeto-piloto, com trabalhos coordenados pelo Comitê de Humanização, forneceram os subsídios ao projeto que agora será empregado nos 94 hospitais escolhidos para a primeira etapa. Esses, por sua vez, serão multiplicadores da experiência para o restante da rede pública e também para hospitais particulares, como é intenção da SMS.