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Santos Docinhos: projeto escolar promove protagonismo jovem e inclusão

Publicado: 18 de outubro de 2022 - 17h09

Carol Za 

Tão famosos nas festas de aniversário, o brigadeiro, o beijinho, a paçoquinha e o bicho de pé se transformaram em aliados para o aprendizado de alunos na escola municipal Irmão José Genésio (José Menino). O projeto ‘Santos Docinhos’, é realizado há cerca de dois meses na unidade, com o objetivo de trabalhar o protagonismo e a inclusão. 

É na cozinha experimental que todo processo ocorre. Os estudantes aprendem as receitas, preparam as massas dos doces, pesam as porções de 15 gramas cada, passam os docinhos nos confeitos e depois colocam nas forminhas e nas embalagens plásticas. A ação é desenvolvida com alunos interessados de 7º a 9º ano, com e sem deficiência, divididos em pequenos grupos. Desde que iniciou, 20 adolescentes já foram contemplados. Antes das oficinas, as famílias respondem a um questionário com informações dos jovens, incluindo as restrições alimentares.

OBJETIVOS ALCANÇADOS

“Como resultado, eu vejo a integração entre eles, o respeito, a cooperação e a mudança de comportamento. Tenho exemplos de jovens que não conversavam direito, eram fechados e agora pedem para participar. É o que queremos: que possam levar isso para a vida e que aprendam que todos são capazes, que todos têm talentos, que acreditem neles”, diz a idealizadora e responsável pelo projeto, professora Flávia Vanessa Marchelli de Carvalho, pós-graduada e mestranda na área de inclusão escolar. Como a educadora também atua na UME Ayrton Senna da Silva (Campo Grande), a ideia é que a iniciativa seja realizada, em breve, na unidade.

Segundo ela, durante a produção, os alunos desenvolvem a coordenação motora, aprendem sobre pesos e medidas, colocam a validade nos alimentos, e desenvolvem outras habilidades. Fazemos uma venda com valor simbólico aqui na escola e todo o dinheiro vai para a Associação de Pais e Mestres (APM). “Talvez este seja o despertar de alguns para trabalhar com culinária, colaborar em casa, empreender”.

Em algumas oficinas, a educadora conta com a colaboração da profissional de apoio escolar inclusivo (Paei) da escola, Vanessa de Jesus Santos. 

APROVAÇÃO

Vice-presidente do grêmio estudantil da escola e participante do projeto, July Ventura Pereira, 14, está feliz em interagir com alunos de outras turmas. “Somos unidos e aqui eu me divirto. A gente também pode contribuir com a APM”. Vitória Alexandra Braga Lopes, 14, está desde o início da ação. “A professora é maravilhosa e o projeto é legal. Eu penso em fazer os doces com a minha mãe para vender”, disse. Ela acrescentou que o grupo quer fazer outra receita: o pastel. “Vamos ver se conseguimos”.