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Santos apresenta projeto de novo complexo público educacional

Publicado: 4 de maio de 2023 - 10h40

O projeto arquitetônico para transformar a área onde funciona a Unidade Municipal de Educação (UME) Edméa Ladevig e o antigo Colégio Marza, no Gonzaga, em um novo complexo educacional santista foi concluído. Serão 4.800m² de área construída para atender estudantes que vão receber aulas e desenvolver atividades educacionais em tempo integral. O edital para definir a empresa que fará a obra deve ser lançado em julho, com início das obras previsto para 2024.

A área foi comprada pelo Município em dezembro do ano passado com a meta do Governo Municipal em aumentar o número de alunos em tempo integral. Com o projeto arquitetônico pronto, começa a elaboração da planilha de custos que serve de base para preparar o edital de licitação.

"Uma das prioridades desta gestão é o investimento na área da Educação. Estamos sempre aprimorando a qualidade do ensino e oferecendo unidades escolares confortáveis e acessíveis, que aproximam os alunos da tecnologia. Também investimos no ensino integral, que queremos disponibilizar a 75% da rede municipal, com o contraturno voltado ao empreendedorismo, à cidadania e ao esporte", afirma o prefeito Rogério Santos.

Um projeto moderno e inovador precisou ser desenvolvido diante do desafio de implantar um complexo educacional em área de grande densidade construtiva, ao lado da Igreja Bom Pastor, bem cultural de interesse histórico e arquitetônico, tombado pelo Condepasa (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos), além da necessidade de respeitar todas as regras e normativas contemporâneas de acessibilidade, segurança, instalação de elevadores, escadas de emergência, entre outros elementos que necessitariam de adaptações.

INTEGRAÇÃO COM O PATRIMÔNIO HISTÓRICO

A construção do equipamento educacional público vai beneficiar a comunidade de seu entorno, enquanto prestação de um serviço público fundamental, e integrar o espaço interior e a cidade ao redor. A proposta é de uma pequena praça como o principal acesso à escola, buscando não somente receber os alunos, mas também criar um respiro na movimentada Avenida Ana Costa.

A praça vai também estabelecer uma relação com a Igreja Bom Pastor, considerando a importância e o valor cultural reconhecido pelo Condepasa. Desse ponto, acessa-se um pátio interno coberto, articulador dos diversos setores, organizando e distribuindo o acesso principal dos alunos ao interior do edifício.

QUATRO BLOCOS

O projeto do novo complexo educacional, assinado pelas arquitetas Juliana Cunha Carlini e Carolina Maylart, ambas da Secretaria de Infraestrutura e Edificações (Siedi), é composto por dois blocos transversais constituídos por pavimento térreo e outros dois, formando um sistema de agrupamentos funcionais.

O primeiro bloco é o educacional, composto pela escola para o ensino fundamental II, do 6º ao 9º ano, com 20 salas de aula. Em seguida, há o núcleo cultural, com biblioteca, auditório, sala de artes, laboratório, estudioteca e sala AEE (atendimento educacional especializado). Por fim, há o conjunto esportivo, constituído por quadra poliesportiva e vestiários. O equipamento totaliza uma área construída de aproximadamente 4.800m².

VALORIZAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE

Toda área de circulação interna e de acesso às salas de aula se dá através de um vazio central com entradas de luz e ventilação naturais, conferindo maior clareza e visibilidade na comunicação institucional. Isso visa inspirar os alunos, estimular o desenvolvimento pedagógico e a busca do conhecimento e curiosidade, no espaço em que os jovens vão passar a maior parte do tempo.

Por esta linha, adotam-se estratégias sustentáveis: correta orientação solar com salas voltadas para o norte, ventilação cruzada, aproveitamento da luz natural através de abertura zenital, proteção solar com brises, consumo sustentável de água, reaproveitamento de águas pluviais, eficiência energética, conforto térmico, visual e acústico e proposição de paisagismo.

TRANSPARÊNCIA E MUITA COR

A interação visual entre o interior e o exterior, através de transparências é explorada através de fachada em vidro e de painéis vazados de vedação em concreto. Os painéis permitem a conexão visual com os espaços externos e maximizam a ventilação e iluminação natural, reforçada também pelo vazio e cobertura com iluminação natural do pátio interno. São coloridos, conferindo identidade ao edifício e estimulando as percepções sensoriais dos alunos.

O projeto busca, sempre que possível, fazer referência às memórias preexistentes através do uso do concreto, das formas dos elementos vazados, ladrilhos hidráulicos, mas também mantendo a nova edificação com o mesmo gabarito já existente atualmente, em respeito e concordância com a Igreja Bom Pastor.

REESTRUTURAÇÃO

O Colégio Marza foi fundado no começo da década de 70 e estava fechado há cerca de dez anos. Transformar o espaço para atender às necessidades de um grande complexo educacional, de acordo com as normas vigentes atualmente - acessibilidade, para-raios, caixa d’água e dispositivos de combate a incêndio -, exige uma ampla reestruturação.

Uma vez que a estrutura atual não permite adequações de acessibilidade e para obtenção de AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), serão necessárias demolições. Esse serviço será feito por uma empresa especializada, com toda segurança. O edital de licitação foi lançado nesta quinta-feira (4). O trabalho tem custo estimado em R$ 1,6 milhão e prazo de quatro meses para ser executado.