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Robalo deve fortalecer o turismo em santos

Publicado: 3 de maio de 2004
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Um projeto-piloto de aqüicultura, voltado para a criação, engorda e comercialização do robalo (peva), além de colaborar para o desenvolvimento econômico da comunidade da Área Continental, vai estimular a pesca esportiva. Afinal, boa parte do peixe será devolvida a natureza, abrindo nova opção turística para os munícipes e visitantes. Desenvolvido pela Secretaria de Turismo (Setur) em parceria com o Santos e Região Convention & Visitors Bureau (SRC&VB), e sob responsabilidade do biólogo Alec Kruze Zeinad, o projeto está orçado em R$500 mil e tem apoio do governo federal e da iniciativa privada. A pesca esportiva em Santos não é novidade. São vários estabelecimentos náuticos com equipamentos (botes e motores) e mão de obra (guia de pesca, piloteiro e fornecedor de isca). No entanto, apenas 25% da infra-estrutura é aproveitada. A pressão de pesca faz com que o cardume minimize e o tamanho do peixe diminua, explica o coordenador institucional e consultor de Projetos Especiais do SRC&VB e da Setur, Daniel Demichelis. Ele ressalta que isso acontece com muita frequência. Os peixes raramente passam de 30cm e 2kg. Não podemos esquecer que o tamanho do peixe é o troféu do pescador. E o robalo pode chegar até 50cm, pesando 5kg. Antes de atender o turismo, o projeto tem um compromisso social. Durante aproximadamente um ano, cerca de 30 mil alevinos (filhotes do robalo) serão criados dentro de 70 a 80 tanques-rede, com supervisão de dois biólogos que também vão dar instruções aos pescadores. A previsão é de que a comunidade seja integrada no treinamento em manipulação do cultivo. Após esse período, acontecerá a primeira safra. Dividida em três partes, a produção será para a comercialização, sustento dos pescadores e a soltura para reposição de estoques. Demichelis lembra que uma parte dos peixes será utilizada para reprodução e cultivo, dando início a um novo ciclo. Pioneiro no Brasil, o projeto tem como modelo o que acontece nos Estados Unidos. Somente no estado da Flórida, a pesca esportiva movimenta cerca de US$9 bilhões. No Brasil, estados como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Amazônia têm um contingente considerável de pescadores esportivos que visitam os pontos de pesca durante o ano. Segundo Demichelis, o projeto já está em processo de assinatura do convênio entre Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República (SEAP/PR), Prefeitura e iniciativa privada.