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Representante da onu elogia trabalho do grupo de jovens

Publicado: 19 de julho de 2000
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O ´Programa de Jovens´ recebeu, na tarde de ontem (19), a visita da representante da área de Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas (ONU), Seema Paul. Acompanhada do coordenador do Cinturão Verde (projeto da Secretaria Estadual do Meio Ambiente que orienta os núcleos ecoprofissionalizantes), Rodrigo Vítor, a americana conheceu as atividades desenvolvidas no Jardim Botânico Chico Mendes, na Zona Noroeste. Foi mostrado à comitiva o trabalho desenvolvido pelos alunos no canteiro de mudas, no viveiro, os avanços com a utilização de compostagem (adubo orgânico), os objetos feitos com reciclagem de material, além do trabalho junto à comunidade. Os jovens fizeram um intercâmbio de informações com os técnicos visitantes, trocando experiências num bate-papo em forma de mesa-redonda. Seema contou que existem muitos cursos nos Estados Unidos com programações ecológicas, na maioria, o adolescente passa dois meses e meio num tipo de acampamento e recebe treinamento profissional. Basicamente, a única diferença entre os que eu visitei lá e o que vocês estão desenvolvendo aqui, é que, neste caso, o curso é promovido pelo Poder Público e na América do Norte é pago pelos estudantes. O que chamou a atenção da americana no trabalho santista foi o fato de que os alunos mais antigos tornam-se monitores dos recém-chegados. Ela aprovou também a idéia da reciclagem de material orgânico para adubagem. VERBA Até o início de agosto, Santos é uma da seis cidades que estará recebendo a primeira parcela de uma verba de quase R$ 400 mil, que será distribuída em três anos pela Fundação das Nações Unidas, entidade liga à ONU. Segundo o coordenador do Programa de Jovens, o dinheiro será utilizado para compra de equipamentos e para o financiamento de bolsas de estudo. Atualmente, 25 jovens participam do projeto desenvolvido no Jardim Botânico, orientados por cerca de 15 instrutores. Todo o ano, o programa é divulgado nas escolas da Zona Noroeste. Os monitores vão de classe em classe, explicando as propostas e oportunidades futuras. COMO É FORMADO UM NÚCLEO Quando uma Cidade se interessa em instalar um núcleo ecoprofissionalizante, ela entra em contato com o Cinturão Verde que fornece orientação por meio de uma engenheira agrônoma. Ondalva Serrano é a pessoa que explica a proposta do programa. O município, então, define quais as secretarias e entidades locais que serão os parceiros responsáveis pela sua condução. É composta uma equipe multidisciplinar que será treinada dentro da metodologia desenvolvida e da realidade local. São cerca de três a quatro meses para estruturar as oficinas, fazer o plano de curso e planejar o projeto básico, diz Odalva. A proposta é testada num módulo experimental de dez semanas, quando acontece a capacitação e formação da equipe em exercício. O objetivo principal é criar oportunidades para que os adolescentes descubram suas vocações e desenvolvam o potencial de ser, saber e fazer, além de ter uma idéia do ecomercado de trabalho. POR QUE PARTICIPAR A estudante Mariane da Silva, 17, conta que quando entrou para o grupo tinha noção de que a natureza tinha que ser preservada, mas não sabia como fazer isso. Hoje eu aprendi as diversas formas de tirar proveito da natureza sem destruí-la. Estou há um ano participando do grupo e me tornei monitora. Agora posso ensinar outras pessoas, ressalta. Victor Azenha Ferreira, 16, revela que desde criança sempre foi apaixonado pela terra, gostava de plantar sementes no jardim e ver as plantas crescer. Faço o curso pela oportunidade do ecomercado. Um viveiro ou a venda de compostagem são serviços que poderiam se tornar um bom negócio.