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Renascimento do teatro guarany emociona público no centro histórico

Publicado: 8 de dezembro de 2008
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A festa organizada pela prefeitura para o renascimento do Teatro Guarany emocionou as quase duas mil pessoas que estiveram na Praça dos Andradas, domingo (7), para conhecer o interior do prédio e assistir à apresentação da Orquestra Sinfônica Municipal, executando trechos da ópera ‘Il Guarany’, de Carlos Gomes. Há 126 anos, em 7 de dezembro de 1882, era inaugurado o teatro original, palco de grandes espetáculos e de movimentos sociais e políticos. Após a apresentação da Sinfônica, sob a regência do maestro Luis Gustavo Petri e direção de Cléber Papa, e com a participação dos solistas Gabriela Pace, Marcelo Vanucci e Sebastião Teixeira, formou-se extensa fila na porta principal do teatro. Ali, eles assistiram a uma salva de fogos de artifícios, evento que também saudou o acionamento da luzes de Natal, instalada pela CPFL (Companhia Piratininga de Força e Luz), na Praça dos Andradas. Sem exceção, todos puderam conhecer o resultado das obras de restauro iniciadas em março do ano passado. O trajeto foi monitorado por funcionários da Secult (Secretaria de Cultura), para facilitar o fluxo de visitantes. No palco, Caio Mesquita (saxofone) e Abel França (piano) deram uma amostra da capacidade acústica da sala de espetáculos. Na tela, uma projeção dos vários momentos da reconstrução. APROVAÇÃO Na saída, diferentes interpretações do novo local, mas unânimes em aprovar o resultado. Áurea Abrantes da Silva, que aos dez anos de idade, em 1928, participou de uma festa de confraternização escolar no antigo teatro, considerou o novo "lindo de morrer". "É um retorno à minha infância, só que este é mais rico e chique". Em época mais recente, (1960), Odete Penhavel Camargo, lembra-se de freqüentar o local já transformado em cinema. O que mais lhe chamou a atenção foi a pintura do teto de autoria de Paulo Von Poser. A professora Sheila Prado Leite, ex-conselheira do Condepasa (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos), representando o Sesc, entre os anos 1991/92, elogiou a solução arquitetônica de mesclar o antigo com o moderno. "A manutenção das paredes originais à vista (sem reboco) contrastam com o restante: a iluminação, as colunas de concreto aparente e os camarotes envidraçados". Maria Aparecida Pereira, que só conheceu o prédio externamente durante o período considerado por ela como "deplorável", sintetizou: "Divino e maravilhoso". EMPRESAS A restauração do Guarany foi viabilizada pela iniciativa privada, por meio de incentivos da Lei Rouanet, do Ministério da Cultura. Os recursos foram captados pela Ama-Brasil (Organização de Desenvolvimento Cultural e Preservação Ambiental), junto às empresas Cosipa-Usiminas, Telefonica, MRS Logística, Cutrale, Petrobras, Fosfertil, Comgás, Bunge, Copersucar e Carbocloro. VISITAÇÃO Quem não teve a oportunidade de participar da festa terá, entre quinta-feira (11) e domingo (14), seis horas diárias para conhecer a nova casa de espetáculos, que também abrigará a Escola de Artes Cênicas da Secult. Das 11h às 17h, o teatro estará aberto para visitas monitoradas. À noite, nesses mesmos dias, estão programadas diversas atividades culturais, cujos ingressos são gratuitos e devem ser retirados, no próprio teatro, uma hora e meia antes do evento. Na quinta, às 19h30, apresentação do Coral Municipal de Santos, sob a regência do maestro Roberto Martins. Na sexta (12), também às 19h30, exibição da Camerata Heitor Villa-Lobos, com direção artística de Antonio Manzione. No sábado e domingo, a programação se repete, com dois novos espetáculos da Escola de Artes Cênicas da Secult, dirigidas por André Leahun. Às 15h, A Revolta dos Perus (infantil) e, às 19h, Bailei na Curva (adulto). AUTÓGRAFOS Simultaneamente, na quinta-feira, às 19h30, na Livraria Realejo (no Shopping Miramar), acontecerá a noite de autógrafos do livro 'Theatro Guarany - O renascer de um palco centenário', de Tais Assunção Curi Pereira. A obra tem patrocínio da Cosipa-Usiminas.