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Remanescentes de 32 participam de solenidade cívica

Publicado: 10 de julho de 2012
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"Eu não sabia se no dia seguinte estaria vivo. Era uma incerteza. Mas valeu a pena porque o objetivo foi alcançado". Do alto dos seus 101 anos, João da Cruz Batista refere-se com orgulho à sua participação na Revolução Constitucionalista de 1932. O mesmo sentimento de idealismo é notado em Nelson Noschese, 95 anos, também ex-combatente. "Participei na retaguarda e minha maior lembrança é o heroísmo das pessoas. Era um ideal restaurar a Constituição no país".

Os dois remanescentes do movimento militar participaram segunda-feira (9) da solenidade na Praça José Bonifácio, junto ao monumento em homenagem ao Soldado Constitucionalista, que encerrou a programação do 80º aniversário da Revolução. Iniciativa da prefeitura e Associação dos Combatentes de 1932, a cerimônia lembrou os 41 santistas mortos na luta, que resultou no reestabelecimento da democracia, com eleição da Assembleia Constituinte de 1933 e nova Constituição em 34.

Houve hasteamento das bandeiras brasileira, paulista e santista, e execução dos hinos nacional e de Santos pela banda do CPI-6 (Comando do Policiamento do Interior), além de deposição de flores no monumento. Diná Ferreira Oliveira, do MAF (Movimento de Arregimentação Feminina), e a professora Isaura Pinto Gonçalves, da escola estadual Suetônio Bittencourt, foram homenageadas com medalhas. Clóvis Pimentel, da Associação dos Combatentes, declamou a poesia "Ser Paulista", de Martins Fontes.

A importância do fato histórico foi citada pelo presidente da entidade, Ernesto Tilly Júnior. "Foi o reestabelecimento de um regime democrático e, para isso, muito jovens morreram". O secretário de Segurança, Cláudio Marques Trovão, reverenciou os combatentes. "Os ideais da democracia foram conquistados por esse heróis".