Relógio de sol na orla de Santos passa por serviços de revitalização
Um dos marcos da orla de Santos, o relógio de sol no jardim da praia do Boqueirão acaba de passar por revitalização.
Instalado nos anos 1940 em frente ao número 27 da Avenida Vicente de Carvalho, o monumento passou por lavagem, inclusive no entorno, e recebeu reparos nas trincas do revestimento em mosaico, pintura, capinação e raspação do mato. Os cuidados se estenderam às quatro esferas que delimitam o espaço e indicam os pontos cardeais – norte, sul, leste e oeste.
Os trabalhos, a cargo da Secretaria de Serviços Públicos da Prefeitura, foram concluídos nesta quinta-feira (14) e incluíram também poda das árvores do entorno, garantindo melhor visibilidade para o relógio, que marca as horas a partir da sombra que a luz do sol projeta na lâmina de metal.
“A poda orientada, sob supervisão de engenheiros agrônomos, permite a correta leitura do horário, antes prejudicada pela sombra dos galhos das árvores”, explicou Rodrigo Paixão, da Prefeitura Regional da Zona da Orla/Intermediária, responsável pelo acompanhamento dos trabalhos.
COMO LER AS HORAS
Confeccionado por um oficial pedreiro da Administração, o relógio de sol ocupa um quadrante horizontal sobre um canteiro da praia do Boqueirão. O quadrante possui 47 raios e um mostrador formado por uma lâmina de metal.
É a extensão da sombra sobre os raios, à proporção que o sol sobe ou declina pelo movimento de rotação da Terra, que indica a hora, a meia hora e os quartos de hora, entre as 6h e as 18h. A leitura é feita da direta para a esquerda do observador.
No mostrador, constam também as coordenadas (latitude e longitude) de Santos, relativas à posição do Rio de Janeiro, antiga capital do País. Os cálculos zenitais foram feitos com teodolito, instrumento de astronomia, e as diferenças horárias retificadas por Valdomiro Loebb, que marcou a direção da seta baseada nas coordenadas de Santos, cuja principal é paralela à Avenida Ana Costa.
O relógio de sol foi criado pelos egípcios há mais de três mil anos e aperfeiçoado pelos babilônios. O mais antigo que se tem notícia foi construído em pedra, em forma de um T, por volta de 1.500 a.C., na época do faraó Tutmosis III.