Regionalização do porto é debatida em audiência pública

Com uma indagação sobre onde está o dinheiro da produção portuária do Porto de Santos, o presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Fernando Viana, abriu, ontem, a audiência pública sobre a regionalização do porto, promovida pela Subcomissão Permanente da Marinha Mercante, Portos e Vias Navegáveis da Câmara dos Deputados, realizada na Associação Comercial de Santos, que contou com a participação de representantes de cidades da região, além de representantes de sindicatos portuários. O dirigente da Codesp defendeu que a arrecadação do Porto tem que permanecer na Baixada Santista, ao contrário do que ocorre hoje, quando os municípios não têm nenhuma participação. Vianna, que se mostrou favorável à regionalização, argumentou que é importante se discutir de que maneira será realizada. Que tipo de regionalização desejamos?, perguntou, observando, que a viabilização desse processo é o pontapé inicial para a busca de uma saída para o próprio Porto, que está estagnado, gessado devido aos contratos de arrendamento. Demonstrando preocupação com o atual estágio do Porto, já que, no seu entender, com a privatização, os recursos conseguidos estão sendo levados para fora de Santos, prejudicando o Município, o comércio e os trabalhadores portuários, o presidente da Codesp, ressaltou que o importante na discussão sobre a regionalização é ter um rumo a seguir, caso contrário, ela não passará de mais uma troca de dirigentes no comando do Porto. Representantes da Prefeitura de Santos, afirmaram durante o encontro, que os municípios não têm condições de assumir dívidas deixadas pela Codesp.