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Região do centro terá atendimento diferenciado na saúde e ação social

Publicado: 29 de junho de 2001
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A região central da Cidade, a mais problemática na área da Saúde, com altos índices de portadores de tuberculose, de HIV e outras doenças transmissíveis, sem contar a mortalidade infantil, (55 por mil nascidos) que foge totalmente dos parâmetros do restante da Cidade, vai ganhar um novo reforço no atendimento à Saúde e na área social. Será um trabalho integrado das Secretarias de Saúde (SMS) e de Ação Comunitária e Cidadania (Seac), Unimes e outras instituições que já atuam nessa região. A instalação de Unidade Básica de referência de vários programas e a ativação de quatro equipes do Programa de Saúde da Família (PSF), estão entre as ações previstas. A partir de agosto, já estarão atuando quatro equipes do PSF, atendendo os bairros Vila Nova, Paquetá e Centro, que integram a região central. Cada equipe é formada por um médico, uma enfermeira, uma auxiliar de enfermagem, 6 agentes comunitários, um dentista e um auxiliar de consultório dentário. A Seac também está traçando estratégias para o Centro, atendendo um universo de 20 mil pessoas que vivem em condições subumanas de habitação, em cortiços e porões, fatores que favorecem a disseminação de doenças. O diferencial que será dado agora a essa população a região possa igualar os índices de Saúde ao restante do Município, embora considere fundamental que se altere o quadro das condições habitacionais. UNIDADE DE REFERÊNCIA Uma unidade física de referência para abrigar vários programas existentes na rede, tais como Saúde da Mulher, Saúde da Criança, DST-Aids-Hepatite, hanseníase, tuberculose, varicela, e outras doenças de transmissão respiratória, será instalada com consultórios médicos para atendimento exclusivo às famílias cadastradas. Nas unidades básicas do PSF ganham atendimento apenas famílias cadastradas, cujo histórico é plenamente conhecido da equipe médica. Até o momento, o Programa de Agentes Comunitários de Saúde, que atua no Centro com 30 integrantes, desde o final do ano passado, cadastrou 4.085 famílias (que aceitaram o serviço), totalizando cerca de 13 mil pessoas. E outras famílias que se interessarem serão incluídas no programa do PSF. As famílias já cadastradas estão recebendo visitas mensais dos agentes comunitários, que procuram convencer portadores de tuberculose a tomar os medicamentos de forma correta. Verificam as carteiras de vacinação das crianças e orientam e acompanham o tratamento de portadores de diabetes e hipertensão, entre outras doenças, num trabalho preventivo, que esbarra, no entanto nas condições habitacionais precárias. INCIDÊNCIA DAS DOENÇAS Os dados referentes aos altos índices de doenças existentes na população da área central foram analisados no 1º Fórum de Saúde do Centro, promovido pela SMS no início da semana, no auditório da Unimes, com participação de vários setores da SMS, Seac e da universidade, que está envolvida no programa de capacitação das equipes do PSF. No próximo dia 18 de julho, uma nova edição do encontro será realizada, para discutir as estratégias previstas para a área. Para o fórum do dia 18, deverão ser convidados outros segmentos da sociedade que vêm atuando no Centro, entre os quais a pastoral da Igreja católica. OS DADOS QUE ALARMAM No Centro morrem 55 por mil nascidos. No restante da Cidade, o índice é de 14 por mil. A região registra quatro vezes mais casos de Aids, na proporção de 4.200 por 100 mil habitantes. A varicela e a hanseníase também são preocupantes. A tuberculose, que na média da Cidade é de 150 casos por 100 mil habitantes, no Centro é 30 vezes maior: 5.000 por 100 mil.