Referência da arte nacional, santista Sergio Mamberti morre aos 82 anos

Um dos maiores nomes da cultura nacional, o ator santista Sérgio Mamberti morreu, na madrugada desta sexta-feira (3), aos 82 anos, em São Paulo, vítima de complicações de uma infecção nos pulmões. Ao longo de mais de 60 anos de carreira, Mamberti atuou em cerca de 80 peças de teatro, 40 filmes, 20 novelas e fez 15 direções, além de inúmeras produções e minisséries.

Em um dos seus trabalhos mais marcantes, viveu o personagem Dr. Vitor na série de televisão infantojuvenil ‘Castelo Rá-Tim-Bum’. Por conta deste papel e por sua contribuição à arte nacional, foi homenageado na abertura da Santos Criativa Festival Geek, em 2018.

Na ocasião declarou: “Compartilho essa homenagem a todos que fizeram parte do programa. Na minha carreira, o Castelo tem um espaço muito especial, principalmente por unir cultura e educação, ambos fundamentais para construção da cidadania”.

O artista também teve importante participação na vida pública, destacando-se nas funções de Secretário da Identidade e da Diversidade Cultural, Secretário de Políticas Públicas, no extinto Ministério da Cultura, e como Presidente da Fundação Nacional de Artes.

Seus mais recentes trabalhos foram a série brasileira produzida pela Netflix ‘3%’, e a peça ‘Um panorama visto da ponte’, em que atuou ao lado do ator Rodrigo Lombardi.

“CARREGOU COM CARINHO O NOME DE SANTOS”

“Sergio Mamberti, ao lado de seu irmão Cláudio Mamberti, foi uma das figuras mais importantes do teatro nacional no século XX. Ele foi, ainda, um santista que carregou com carinho o nome da nossa Cidade pelo do mundo, enchendo-nos de orgulho”, disse Rafael Leal, secretário de Cultura de Santos. 

“Sérgio Mamberti foi um homem que lutou, todos os dias da vida dele, para que nós tivéssemos um país melhor, um mundo melhor, e que as pessoas pudessem gozar de direitos iguais. Ele foi um dos nossos imprescindíveis na arte de atuar”, afirmou Renata Zhaneta, diretora da Escola de Artes Cênicas Wilson Geraldo.

“Sergio Mamberti foi um mestre eclético da arte, capaz de fazer sonhar e acreditar no ofício do artista. Ele caminhou com artistas, não só os santistas, para que a gente pudesse seguir, aprender, respeitar e para fazer com tamanha seriedade o mesmo ofício que ele havia escolhido”, completou Karla Lacerda, diretora do Festival de Cenas Teatrais (Fescete).