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Programa de dst/aids vai auxiliar maternidades sobre teste anti-hiv

Publicado: 27 de novembro de 2000
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Com experiência de mais de três anos na utilização do teste anti-HIV em gestantes, o Programa Municipal de DST/Aids já começa a ser requisitado por maternidades da Cidade, para orientação sobre a adoção do exame. Isso porque, resolução anunciada na última semana pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) de São Paulo, estabeleceu ser dever do médico a partir de agora oferecer o teste à mulher dentro do atendimento de pré-natal. A Coordenação do Programa Municipal, define a medida do CRM como extremamente feliz. A resolução vem ao encontro da normatização que já existia a nível de Ministério da Saúde e de Governo do Estado, mas é direcionada à esfera médica. A norma também preserva o profissional, na medida em que se mulher grávida não aceitar fazer o exame, a recusa deverá constar do seu prontuário. Em Santos esse oferecimento acontece desde março de 97. Apenas três meses após o início da atual Administração, o teste foi introduzido na rotina de atendimento às mulheres grávidas na rede básica, dentro do Programa de Prevenção à Aids em Gestantes. Adotada com destaque pelo Município na Baixada, a medida tem se mostrado de grande alcance. Os dados mostram que a imensa maioria das mulheres cujo resultado revelou serem elas soropositivas, não sabia que tinha o vírus. Em 99, cerca de 3 mil gestantes foram submetidas ao anti-HIV e em torno de 60 tiveram resultado positivo. O teste é uma prevenção para o bebê, mas no caso da mulher, na verdade, é diagnóstico, comenta a assistente social da coordenação do Programa Municipal, Neide Gravato. Com o tratamento da grávida à base de medicamentos anti-retrovirais (AZT e outras drogas) durante o pré-natal e associado a procedimentos indicados pelos médicos, como a cesária eletiva, caem significativamente as chances de a criança nascer com o vírus - de 27% em média para até 2%. O tratamento prossegue após nascimento do bebê. O oferecimento do teste às gestantes da rede municipal é precedido de orientação às futuras mães. As soropositivas são encaminhadas para o Centro de Referência em Aids (Craids), recebendo assistência que engloba, além do acompanhamento médico (infectologista e ginecologista), também a atenção psicológica e social. Antes da introdução do exame no serviço municipal, houve todo um processo de preparação dos próprios ginecologistas e essa experiência acumulada em quase quatro anos está agora sendo requisitada para auxiliar as maternidades da Cidade, visando à adequação à resolução do CRM.