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Profissionais da saúde são treinados em anticoncepção na adolescência

Publicado: 11 de dezembro de 2003
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Uma das profissionais mais competentes na área de abordagem aos adolescentes – a professora e médica ginecologista Albertina Duarte Takiuti, Coordenadora Estadual do Programa de Saúde do Adolescente – conduziu ontem (11), ao lado de sua equipe que atua em ambulatório do Hospital das Clínicas, um dos treinamentos mais elogiados por médicos, enfermeiras, psicólogas e assistentes sociais da rede pública municipal: o de anticoncepção na adolescência. A jornada, com apoio da Farmoquímica, cumpriu mais uma etapa da implementação do Programa do Adolescente no Município de Santos, que já funciona em três policlínicas – Valongo, Areia Branca e Marapé, e deve ser estendido para novas unidades básicas, levando em conta o elevado número de partos entre as adolescentes e o início, cada vez mais precoce das relações sexuais e o aumento das DST/Aids nessa faixa etária. Em Santos, a gravidez na adolescência tem diminuído gradativamente nos últimos cinco anos, (atualmente 15% dos partos são em jovens entre 10 a 19 anos contra 17% há dois anos), em razão de algumas ações já implementadas. Mas no mundo e no Brasil, esse problema de saúde pública, vem assustando as autoridades. No Brasil, 752 mil partos foram realizados no ano 2000 na faixa etária dos 10 a 19 anos, sendo 112 mil no Estado de São Paulo. E desse total nacional, 3.500 foram em meninas entre 10 a 14 anos. A I Jornada sobre Anticoncepção na Adolescência foi realizada em dois períodos, no auditório do Banco do Brasil, em duas turmas distintas, atraindo cerca de 120 profissionais, que aprenderam de uma forma divertida com dinâmicas de grupos, (que apontaram as dificuldades para o acesso dos adolescentes aos métodos anticonceptivos), e ainda como ajudar os adolescentes a formar grupos e a desenvolver a auto estima, participando de várias atividades, como arte, música, esportes, arte culinária, namoro e estudos, além do prazer da prevenção. Esse trabalho é feito em oficinas nas próprias policlínicas, onde são trabalhados os sentimentos e a sexualidade. O treinamento a cargo da educadora e médica ginecologista, que há 32 anos lida com adolescentes, visou também melhorar o acolhimento a esses jovens, discutir os preconceitos dos profissionais que ainda têm receio de atender adolescentes sem a autorização dos pais, e construir bases para uma conduta que beneficie o atendimento integral desses pacientes. A ênfase principal do treinamento visou a parte educativa em grupo, com metodologia que motive mudanças de atividades e de comportamento.