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Profissionais da saúde discutem a violência contra a mulher

Publicado: 18 de agosto de 2000
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Humanizar o atendimento à mulher vítima de agressão doméstica e fazer com que todos os setores envolvidos neste trabalho funcionem de forma integrada, entrosada. Esse foi um dos objetivos do Seminário Violência contra a Mulher –Um Novo Olhar, promovido pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com a Casa de Cultura da Mulher Negra, nos dias 17 e 18 deste mês. Para a Coordenadoria do Programa Municipal de Saúde da Mulher, desenvolver um novo olhar significa tratar a questão como parte da saúde da mulher, aproveitando todos os contatos médicos para identificar a violência doméstica. Durante a manhã de ontem (18), os cem profissionais, entre médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, que comparecerem ao Mendes Plaza Hotel, participaram do painel Instrumentalização legal para os profissionais de saúde no atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica, que contou com as presenças da delegada titular da Delegacia da Mulher de Santos, Deborah Perez Lázaro; do diretor do IML de Santos, Edson Fuim; da advogada na Casa de Cultura da Mulher Negra, Maria Cecília Ferreira Ortiz e de Elizabeth Lins Barreto, representando o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior – Deinter 6. Cada um dos quatro profissionais revelou os procedimentos legais do encaminhamento de um caso de espancamento ou violência sexual, alertando para a importância de estarem munidos do maior número de informações médicas. Elizabeth Barreto fez questão de ressaltar a importância do detalhamento do prontuário médico. O profissional tem que atentar para desculpas esfarrapadas, como tombos mal explicados e portas no meio do caminho. Vítimas que falam pouco e maridos que respondem a perguntas feitas para a esposa devem levantar suspeita, afirma. Para Deborah Lázaro, o importante é saber ouvir e agir, atendendo a pessoa como se o caso dela fosse o mais importante possível. A vítima chega frágil, envergonhada, precisa se sentir valorizada, mas quer uma solução para o seu caso. O encontro foi fechado com a realização de dinâmica de grupo, orientada por psicólogas e com o preenchimento do questionário de avaliação.