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Procon-Santos registra 2,3 mil vítimas de assalto à Caixa

Publicado: 26 de fevereiro de 2018
18h 37

A lista completa com os nomes das 2,3 mil pessoas que procuraram o Procon-Santos porque foram lesadas no assalto sofrido pela Caixa Econômica Federal (CEF), em dezembro passado, será levada ao Ministério Público Federal (MPF) nesta terça-feira (27), pelo coordenador do órgão de defesa do consumidor, Rafael Quaresma. O objetivo é fornecer subsídios para que o MPF entre com ação civil pública contra a instituição bancária. O Procon ainda pode multar administrativamente o banco em até R$ 7,5 milhões.

Nesta segunda-feira (26), durante o terceiro mutirão realizado pelo órgão no auditório da Secretaria de Educação, no Centro, foram feitos 950 registros de pessoas que apresentaram documentos atestando que tinham joias penhoradas na CEF. Entre elas, o aposentado Hirton Paula Martins Júnior, 64 anos, do Macuco, que pagava média de R$ 70 a cada dois meses pelos bens penhorados, entre alianças, correntes, pulseiras, anéis e pingentes de família.

“Minha mulher tinha medo que eu fosse assaltado e, então, achou melhor ficar ali do que em casa. Pagava para ter a joia garantida, mas pelo visto não tínhamos garantia. Não valeu a pena, pois peça nenhuma daquelas vou conseguir comprar com o que paguei”, disse.

A moradora de Cubatão, Marinalva Cândido da Silva, 57, foi outra prejudicada. “A Caixa só quer pagar 50% do valor. Nós todos fomos lesados. Essa perda é maior, pois não é só o valor do dinheiro, mas o valor sentimental. Eu preferiria o anel e a aliança de volta. E é um dinheiro que fará falta”, desabafa.

De acordo com o Procon, o banco informou que não possuía seguro das joias sob sua responsabilidade e nem fotografia desse material. Também não respondeu ao ofício do órgão de defesa do consumidor sobre o número de joias roubadas, nem o total de consumidores lesados.  

 

Foto: Marcelo Martins