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Procissão, festival de dança e exposição marcam ´semana da pátria´

Publicado: 5 de setembro de 2000
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A reinauguração da Praça da Independência, ocorrida no Sábado (02), deu início às comemorações da ´Semana da Pátria´. Além de paradas militares e de estudantes, na ocasião acontecem ainda a ´2ª Bienal Sesc de Dança´, em diversos pontos turísticos da Cidade, a festa de Nossa Senhora do Monte Serrat, exposição de flores e outras atividades. Tudo coincide para festejar a luta em que tanto se empenhou o santista José Bonifácio de Andrada e Silva, e que levou o Brasil a se tornar independente de Portugal, com a proclamação de D. Pedro I, em 7 de setembro de 1822. A mostra ‘Orquídeas na Primavera’ traz ao Orquidário maravilhosos exemplares dessa planta, cultivados em Itapecirica da Serra e que podem ser admirados e adquiridos no local, de amanhã a domingo (7 a 10). Aberto das 8 às 18 horas. Ingresso: R$ 1,00. A ´Semana da Pátria´ coincide com a festa de Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira da Cidade. A imagem da santa, que no dia 26 de agosto tinha sido conduzida do morro até a Catedral, retorna em procissão na sexta-feira (08), após missa campal na Catedral, às 9 horas. A chegada da imagem na capela do Monte Serrat está prevista para as 11h15. As festividades em louvor à padroeira incluem ainda, de amanhã a domingo, sempre das 9 às 22 horas, quermesse com barracas de artesanato, doces e salgados, além de shows com artistas locais e danças folclóricas. A passagem do bondinho custa R$ 7,00, sendo gratuitas para menores de oito anos, acompanhados de adultos. BIENAL DE DANÇA Tendo como cenário os pontos turísticos da Cidade para valorizar a interação da arte com o meio social, a ´2ª Bienal Sesc de Dança´ exibe cerca de 800 dançarinos e coreógrafos do Brasil e do exterior, de hoje a domingo (6 a 10). São 33 coreografias, 11 trabalhos selecionados e a participação de grupos convidados, que incorporam as mais variadas linguagens de dança, além de mostra paralela para estimular a formação de novos bailarinos, num total de aproximadamente 55 exibições. Aquário Municipal - Dias 7, 8, 9 (17h30) e dia 10 (13h): Inspirada na observação de animais e vegetais, a bailarina Daniela Lopez (Santos) reproduz escamas de peixes no figurino e utiliza técnicas de dança moderna e artes marciais na coreografia de ‘In’. Trilha sonora de André Vasconcelos. Fonte do Sapo – Dia 7 (17h30) e dia 8 (13h): (Em caso de chuva, na área de convivência do Sesc, no mesmo horário). Capoeira e dança africana são utilizadas pelo grupo ´Pedra d’Água´ (SP-SP) em ‘Camaleão’. Edith White, Reinaldo Nunes e Vera Cardin oferecem ao público o improviso, adaptado à interação da platéia. Praça da Independência – Dia 7 (18h) e dia 8 (18h30): (Em caso de chuva no Shopping Praiamar). A procura da coragem, virtuosidade e autodeterminação do passado, no ser humano contemporâneo, é o tema de ‘Onde Estão os Cavaleiros?’. Interpretação de Simone Mello e Thiago Granato. Fosso do Teatro do Sesc – Dia 7 (20h) e dia 9 (19h30): Duas esculturas sonoras de José Luiz Martinez dão som a ‘Sobre a Solidão dos Objetos’, que enfoca a relação do homem com a vida e a arte. Interpretação da italiana Cristina Salmistraro, que reside em São Paulo. Museu do Café – Dia 7 (13h) e dia 9 (17h30): A bailarina Rita Nascimento (SV-SP), formada em dança moderna, tem a performance de ‘Canção do Caminho’ baseada no poema homônimo de Cecília Meireles. Fortaleza da Barra – Dia 7 (19h30) e Armazém VII A do Porto - dia 9 (19h30): A coreografia de ‘Locus: Un Chant D’Amour’ aborda a superlotação carcerária, enquanto os bailarinos Marcos Sobrinho e Sérgio Luiz (Itapecirica da Serra-SP) questionam o aprisionamento das pessoas a suas idéias e espaços. Armazém VII A do Porto - Dia 8 (20h30) e Museu do Café - dia 9 (13h): O bailarino Wellington Duarte (SP) baseou-se no livro Antropologia da Face Gloriosa’, de Arthur Omar, para discutir a dualidade do cotidiano em ‘Confraria Desnaturada’. A música eletrônica ao vivo de Loop B dá sustentação aos ritmos brasileiros. Fortaleza da Barra – Dia 8 (21h30) e dia 9 (17h30): O cotidiano e a poluição sonora são questionados a partir de estímulos verbais e músicas de Verdi e Bach, entre outras, em ‘Paper House’, da ´Cia. Domínio Público´ (Campinas-SP). Coreografia de Holly Cavrell e interpretação de Gabi Gonçalves e Patrícia Wormhoudt. Dia 8 (20h30) e dia 9 (18h30): Com coreografia de Paula Águas (RJ), ‘Poemeto’ mostra a necessidade de preservação das relações humanas nos centros urbanos. Com coreografia de Paula Águas (RJ), a dança e a palavra são traduzidas na linguagem corporal e literária. Armazém VII A do Porto – Dia 8 (19h30) e dia 9 (20h30): Kleber Damaso e Morena Nascimento enfocam o relacionamento humano ante a insegurança e ansiedade dos tempos atuais em ‘Qualquer Palavra Serve’. O grupo é integrado por alunos do Departamento de Artes Corporais da Unicamp. Museu do Café - Dia 9 (18h) e dia 10 (13h): Carmen Gomide (SP-SP) pesquisou histórias antigas sobre o Pólo Norte para conceber ‘Corpo Jubiloso: A Carne Selvagem’, que resgata a ancestralidade feminina. Direção de Carlos Martins. MOSTRA PARALELA Sapateado, dança acrobática e balé clássico são exibidos pelos grupos santistas. Vestiário do Sesc – dias 7 e 8 (12h30): Sob direção de Susan Barskerville, a ´Cia. Contra Passo Tap Dance´ mostra a coreografia de Tap Shower, utilizando o sapateado americano e irlandês na água. Deck da piscina do Sesc – Dia 8 (17h30) e dia 10 (13h): (Em caso de chuva, no Museu de Pesca). Dança contemporânea, acrobática e ginástica olímpica estão presentes em ‘Equilíbrio Oscilante’, título da coreografia do grupo ´Dança Acrobática´, dirigido pelas irmãs Ana Beatriz e Andréia Leiros. Praça da Independência – Dia 7 (17h30): (Em caso de chuva, no teatro do Sesc, dia 8, às 18h). Com destacada participação no ´Festival de Dança de Joinville´, em julho passado, a ´Escola de Bailado Municipal de Santos´, dirigida por Renata Pacheco, apresenta ‘Aquarela do Brasil’, de Ary Barroso. Teatro do Sesc – Dia 8 (18h): Inspirado na ‘5ª Sinfonia´, de Beethoven, o ´Corpo de Baile Jovem da Escola Municipal de Bailado de Santos´ mostra, em ‘La Mort’, a maneira como os jovens encaram a morte no final do século XX. Na seqüência, apresentação de ‘La Belle Époque’, com o romantismo da dança clássica evocado na obra do pintor Degas. PROGRAMAÇÃO DOS CONVIDADOS O festival é enriquecido com a participação de convidados, formando um amplo painel da dança contemporânea brasileira. Teatro do Sesc – Dia 6 (21h30): Abertura da bienal com o espetáculo ‘A Demanda do Graal Dançado’, alusão a uma novela portuguesa do século XV, que narra a busca pelo cálice que conteria o sangue de Cristo. O paralelo é que o grupo ´Grial de Dança´, do Recife, criado pelo escritor Ariano Suassuna e a coreógrafa Paula Rego, também está a procura, só que de uma linguagem própria para a expressão da dança contemporânea brasileira. Acompanhados por músicos liderados por Mestre Salustiano, que mesclam Beethoven e Villa- Lobos com Zeca Madureira e Antônio Nóbrega, bailarinos de formação erudita convivem com outros de formação popular: Maria Imaculada Salustiano, Jaflis Nascimento, Paula Rego, Pedro Salustiano, Valéria Medeiros e Sandra Rino. Fonte do Sapo – Dia 7 (13h): (Em caso de chuva, na área de convivência do Sesc). Amélia Bentes, diretora da ´Cia. Circula Ar´ (Portugal), apresenta ‘Vivamos’, espetáculo que, com muito humor, visa causar estranheza, tanto pelo figurino, quanto pelos movimentos. Bar do Sesc – Dia 7 (22h): O pernambucano Mestre Salustiano é o mestre de cerimônias de ‘O Sonho da Rebeca’, espetáculo que conta com 20 instrumentistas e dançarinos e que exalta a rebeca, espécie de violino, porém de construção mais rústica. Teatro do Sesc – Dia 7 (21h) e dia 8 (21h): Em ‘Aquilo de que Somos Feitos’, a coreógrafa carioca Lia Rodrigues coloca em cena corpos nus, com forte crítica à sociedade de consumo. Ingressos: R$ 1,99. Fortaleza da Barra – Dia 7 (23h30): Em ‘Mascarhome’, a portuguesa Amélia Bentes propõe o abandono da máscara que cada um usa para se proteger. Dia 8 (13h): O grupo carioca ´Trupe do Passo´ mostra, em ‘Cambindas’, as brincadeiras populares que originaram o maracatu rural, tratando, de forma lúdica, da sobrevivência do povo brasileiro. Rodoviária de Santos – Dia 7 (16h30) e Bulevar da Othon Feliciano – Dia 9 (18h30): (Em caso de chuva, área de convivência do Sesc, às 18h). Apresentado pelo grupo ´Grial de Dança´, o ‘Auto do Estudante que se Vendeu ao Diabo’ baseia-se em personagem de Goethe (Mephisto), ao som de ‘A História do Soldado’, de Igor Stravinsk. Museu de Pesca – Dia 7 (16h), dia 10 (17h) e Bulevar da Othon Feliciano – Dia 9 (13h): A ´Trupe do Passo´ (RJ), grupo dirigido por Duda Maia e especializado em danças do nordeste, mostra ‘Acabou-se o que Era Doce’. O espetáculo traduz o dia-a-dia de um grupo de andarilhos, com trilha sonora de ritmos brasileiros. Armazém VII A do Porto – Dia 8 (13h): Propondo a investigação do corpo, que se desdobra na discussão da própria dança, a mineira Luciana Gontijo exibe ‘Experimento 1’. Dia 9 (20h30) e dia 10 (19h30): O coreógrafo e bailarino paulistano João Andreazzi apresenta ‘Ooze/Ezoo’, produzido em parceria com a ´Bienal Sesc de Dança´. Resultado de pesquisas com favelados, índios e moradores de rua, aponta o colapso das culturas neste final de milênio. Teatro do Sesc – Dia 9 (20h30): Com muito humor, ‘Fortunas Talvez’, da portuguesa Amélia Bentes, pretende reciclar e alimentar o bem-estar de cada momento. GRUPOS CONVIDADOS: REPRESENTATIVIDADE A participação de grupos convidados pela representatividade na trajetória da dança nas cidades de Santos e São Paulo também é destaque. Área de Lazer do Canal 3 – Dia 7 (22h): (Em caso de chuva, no dia 8): Unindo o teatro à dança para abordar o jogo da vida, ‘Cezzanne’ é inspirado no quadro do pintor francês ‘Os Jogadores’. Com apresentação do grupo santista ´Orgone Cia. de Arte´, tem direção de Renato Di Renzo. Praça da Independência – dia 7 (19h) /(Em caso de chuva, será no dia seguinte): Clássicos da MPB inspiram a coreografia de ‘Roda Vida: Fragmentos’. A academia santista ´Rosely Ballet´ enfoca a mulher que luta no dia-a-dia, inclusive pelo direito ao prazer. Praça Palmares – dias 7 e 9 (13h): As rampas de ´skate´ da praça servem de cenário para a coreografia ‘Pied a Plat’, que interpreta os movimentos corporais dos skatistas e o prazer de ‘tirar o pé do chão’. Apresentação do ´Ballet Natura Essência´, de Santos, e criação de Sueli Cherbino e Sanmara Pachoal. Armazém VII A do Porto – dia 10 (21h30): Movimentos do cotidiano e técnicas circenses como a perna-de-pau caracterizam ‘CO2 Cinco Sentidos e um Pouco de Miragem’, do grupo baiano ´Viladança´. Com direção de Cristina Castro, o espetáculo promove uma viagem do exterior para o interior através dos cinco sentidos. Pinacoteca Benedicto Calixto – Dias 9 e 10 (17h30). Em caso de chuva, Museu do Café – Dia 9 (12h30) e dia 19 (15h): Ao som de Mozart, a idealização do universo feminino é o tema central de ‘Intermezzo’, do ´Grupo de Dança Ruth Rachou´. Técnicas de respiração permitem que os bailarinos consigam o máximo de expressão dramática, definida como paisagem da alma. Teatro do Sesc – dia 8 (15h):/ Em agradecimento à homenagem que a ´Bienal de Dança´ lhe prestará, a bailarina, coreógrafa e professora Ruth Rachou apresenta o espetáculo-solo ‘Dançarinar’, baseado em poema de Mário de Andrade. Tendo se especializado nos Estados Unidos, ela é pioneira da dança moderna brasileira, e até hoje, aos 73 anos, direciona seu grupo para a difusão da pesquisa e reflexão. Somente são cobrados ingressos em exibições realizadas no Teatro do Sesc. Matriculados no Sesc, idosos com mais de 65 anos e estudantes: R$ 5,00. / Público em geral: R$ 10,00 / Ingresso do Aquário Municipal: R$ 1,00.