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Prefeitura inicia formação de segundo solo no terreno da alemoa

Publicado: 27 de dezembro de 2006
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Os preparativos para a segunda fase de retirada dos escombros e realização de aterro para formação de um segundo solo na área da Vila Alemoa, onde ocorreu o incêndio que destruiu cerca de 170 barracos, foram iniciados na manhã desta quarta-feira (27) pela Prefeitura, com compactação de terreno particular, que fica nos fundos da favela. Já à tarde, com a presença de representantes da Administração Municipal, imprensa e moradores das área, uma retroescavadeira fez a derrubada de muro num trecho de oito metros, e dos escombros de uma casa de alvenaria, o que permitirá a passagem de maquinário pesado. Nesta etapa das obras, com duração estimada de 90 dias, vão operar no local uma retroescavadeira de esteira e caminhões para o transporte de areia e retirada de entulho. Para evitar transtornos à família Mathias, que permitiu o uso do terreno, serão construídas telas de proteção na área do muro e no entorno de três residências. Os serviços serão coordenados pela Cohab e realizados em conjunto com a Secretaria de Governo, por meio do Departamento de Administração Regional da Zona Noroeste (Dear-ZNO). A Prefeitura também vai recuperar a calha do Rio Furado, que foi assoreada com a construção das palafitas. O rio será canalizado num trecho de 1.200 m, conforme explicou o presidente da Cohab, Hélio Hamilton Vieira Jr. Para aterrar o terreno, que é alagadiço, será removido o material queimado e realizado o aterro com utilização de pelo menos oito mil m³ de areia. Com a medida, será possível o uso social do terreno para futuro conjunto habitacional, com apartamentos destinados aos desabrigados pelo incêndio. O Governo Estadual já autorizou a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) a construir 160 apartamentos. Com a viabilização de prédios de cinco andares também poderão ser contemplados outros moradores dessa favela que hoje registra 1.113 famílias, conforme cadastro da Cohab. A eliminação da favela da Alemoa, com urbanização do bairro, figura nos projetos da Prefeitura, que fará levantamento topográfico de terrenos particulares, da marinha e públicos, visando futuras desapropriações, inclusive da área da família Mathias que possui 18 mil m². Dessa forma, o governo municipal demonstra o compromisso em cumprir a política de habitação, objetivando melhorar a qualidade da comunidade santista, destacou o secretario de Governo, Márcio Lara. SONHO "Esse também é o nosso sonho", comentou Marcos Mathias, lembrando que inicialmente seu bisavô Antonio Francisco Lourenço, que deu nome à rua, chegou a possuir 54 mil m² de terrenos, a maior parte negociada com a Deicmar. Nesta quarta, dois moradores que perderam suas casas no incêndio, Lindoval Bastos Pereira e Reginaldo Andrade Santos, acompanharam o início das obras e ficaram satisfeitos com as notícias. A reunião vai ocorrer em meados de janeiro, segundo o presidente da Cohab. Ficamos satisfeitos em saber que os planos da Prefeitura envolvem a construção de moradias dignas, comentou Reginaldo, que vive na favela da Alemoa há 29 anos. ACORDO A utilização do terreno particular da família Mathias, na rua Particular Antonio Francisco Lourenço, para acesso à área do incêndio, foi feita mediante acordo com três proprietários, que assinaram termo de autorização e responsabilidade. Por esse documento foi autorizada a entrada das máquinas da Prefeitura, enquanto o Poder Público se comprometeu a deixar o terreno em condições adequadas, reconstruindo o que porventura for danificado durante o período das obras.