Prefeitura adota política do bom senso

A política do bom senso colocada em prática, ontem (28), pelo executivo nos vários contatos telefônicos mantidos com autoridades de Brasília, representantes do Ministério Público do Trabalho e do Órgão Gestor de Mão-de-Obra (Ogmo) contribuiu para a um avanço nas negociações, para acabar com a paralisação do estivadores iniciada na terça-feira (27). Nas conversações mantidas durante toda manhã, os representantes da Prefeitura procuraram mostrar, principalmente ao promotor Cristiano Paixão, coordenador do Ministério Público do Trabalho, a necessidade de uma trégua para o cumprimento da legislação que transfere a escala dos trabalhadores para o Ogmo. Apesar de saber da existência de um acordo firmado há três meses pelos sindicatos reconhecendo que o Ogmo seria o responsável pela escala, insistiu o fato de a lei não especificar quem deve fazê-la e de que forma. Está claro que o Ogmo tem que fazer a escala em forma de rodízio e não numericamente como está pretendendo o órgão, comentaram, alegando que quem conhecem o funcionamento do Porto sabendo que esse tipo de escala não funciona. As alegações acabaram sensibilizando o promotor Cristiano Paixão que resolveu marcar uma reunião, na tarde de ontem, na Capitânia dos Portos, na tentativa de encontrar uma solução para o problema. No encontro, além de argumentar sobre a necessidade da escala voltar a ser realizada pelos sindicatos, apresentou uma proposta do presidente do Sindicato dos sindicatos, apresentou uma proposta do presidente do Sindicato dos Estivadores, Vanderlei José da Silva, no sentido de que se o Ministério Público aceitasse prorrogar o prazo para o cumprimento da lei e voltasse a negociar com os sindicatos a maneira como a escala será colocada em prática, os trabalhadores do Porto santista retornariam ao trabalho de imediato. Diante da argumentação do executivo, um novo encontro ficou marcado para ser realizado em São Paulo, no início da noite, com representantes do Ministério Público, Ogmo, Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), e sindicatos dos Estivadores e dos Trabalhadores do Bloco.