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Prédio da futura clínica-escola para autistas recebe primeiras adequações

Publicado:
28 de junho de 2018
16h 04

A reforma e adaptação para transformar a antiga Escola Estadual Braz Cubas (Rua Heitor Penteado, 62, Marapé) na primeira Clínica-Escola de Autismo do Estado de São Paulo entrarão na segunda fase. As adequações como a construção do muro de 3,25m que divide o imóvel em dois para a ocupação da 5ª Companhia do 6º Batalhão da Polícia Militar, demolição do muro da fachada da parte destinada à clínica, retirada das grades de janelas, de portas, de lousas e limpeza estão quase prontas.

Nesta quinta-feira (28), o prefeito Paulo Alexandre Barbosa esteve no local com representantes da secretaria de Saúde, Educação e Infraestrutura, Fundo Social de Solidariedade, mais os responsáveis pelo projeto arquitetônico do Club Design, da construtora Talenco e do Grupo Acolhe Autismo – representado por diversas mães. No encontro, ficou acertada a previsão de entrega da parte civil no final do ano.

Ana Lúcia Felix, presidente do Grupo Acolhe, está animada com a criação do espaço. “Há muitas famílias em sofrimento precisando não só do acolhimento, mas do tratamento adequado”. Segundo ela, o tratamento é longo mas apresenta evolução e o novo equipamento da Prefeitura atenderá às necessidades. “Nenhuma outra síndrome ou qualquer outro transtorno necessita de tanta preocupação espacial e sensorial quanto o autista. Muitas vezes, uma sala de aula com burburinhos é insalubre para quem possui TEA. Eles precisam de atendimento individualizado, terapias determinantes”. A estimativa, conforme Ana Lúcia, é de que 1% da população de Santos seja autista.

O prédio, com térreo e mais um pavimento, será totalmente acessível, incluindo a construção de uma plataforma para elevador, corredores e portas mais largos, assim como os sanitários. De acordo com o projeto, haverá 12 salas de atendimento, duas de integração social, uma de intervenção precoce e dois espaços diferenciados: a sala de estimulação sensorial e a sala de atividades diárias, também chamada de casa autônoma modelo, com banheiro, cozinha, sala e quarto.

Além desses espaços, estão no projeto as salas de reunião, administrativas e demais sanitários. O equipamento funcionará com profissionais capacitados na área de educação física, fonoaudiologia, fisioterapia, psicopedagogia, terapia ocupacional e de educação especializada.

A obra é custeada com a verba das vendas dos convites do Baile da Cidade deste ano, de aproximadamente R$ 400 mil, mais R$ 50 mil de emenda parlamentar do vereador José Teixeira Filho (Zequinha). O prédio será mobiliado e equipado pela Secretaria de Saúde.

ATENDIMENTO

A rede municipal de ensino possui 29 mil alunos, sendo 448 com autismo. Na área da Saúde, cerca de 100 crianças e adolescentes com TEA são atendidos nas três unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Infantil - Zona Noroeste, Região Central Histórica e Zona da Orla Intermediária - em avaliações, grupos de estimulação multidisciplinar, atendimento psicoterápico individual e em grupo, entre outras atividades.

 

 

Foto: Isabela Carrari