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Praça do outeiro é inaugurada com festa

Publicado: 20 de outubro de 2000
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Uma emocionante missa campal celebrada por Monsenhor Joaquim, da Igreja São Benedito, deu início, ontem (20), a solenidade de inauguração da Praça do Outeiro de Santa Catarina. Inspiração e madrinha da ocasião, a imagem da Santa foi trazida, do Museu de Arte Sacra onde faz parte da exposição permanente, pela primeira vez para o local, onde há 250 anos existiu a igreja original de Santa Catarina. Além da reurbanização do lugar, como parte de um amplo trabalho de renovação e incentivo ao turismo, no Centro de Santos, esta obra é caso exemplar do trabalho conjunto entre iniciativa privada e o poder público municipal, uma vez que o grupo Multicargo, comandado pelo empresário Virgílio Pina, arcou com a maior parte dos custos da obra. O terreno passou por um processo de desapropriação amigável, que culminou com o pagamento de R$ 117 mil a sua ex-propretária, Miriam Charlote Jambeiro Gomez, pela empresa de Pina. "Santos vive um momento único. Um momento de resgate em muitos sentidos. Com esta praça nós não resgatamos somente a beleza e a ordem física. Ajudamos, com isso, a resgatar e incentivar a prática da cidadania", destacou Virgílio Pina. OBRA Conforme o projeto da Prodesan, na área de 1.300 m², um antigo terreno, foram construídos jardins, bancos, luminárias, além de amplamente recuperada a fachada de uma construção – uma espécie de parede frontal com arcos e aberturas – histórica do início do século. Além disso, todo piso da praça foi refeito em mosaico quadriculado que também foi colocado na calçada da Rua Visconde de Rio Branco, entre as ruas Tiro Onze e Constituição. Toda a praça será cercada por grades, proporcionando maior harmonia ao conjunto arquitetônico formado pelo Outeiro. Sete palmeiras medindo entre 12 a 15 metros também foram incorporadas ao visual final da obra. HISTÓRIA A imagem de Santa Catarina de Alexandria, peça do século XVI, feita em madeira, medindo aproximadamente 90 cm, foi colocada na capela construída em Santos por volta de 1540, por Luís de Góes e sua esposa, Dona Catarina Aguilar, no outeiro que recebeu o nome da Santa. Em 1591, a capela foi parcialmente destruída e a imagem foi lançada ao mar pelos corsários de Thomas Cavendish. Passaram-se 72 anos até que fosse achada e recolhida por escravos (1663). Por iniciativa do Padre Alexandre de Gusmão e com a ajuda do povo, a capela foi reedificada. No século XIX, foi demolida para a abertura da Rua Santa Catarina, hoje Visconde de Rio Branco. Santa Catarina é a imagem mais antiga da coleção do Museu de Arte Sacra de Santos, possuindo grande valor artístico e histórico.