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População deve procurar unidades básicas para atendimento

Publicado: 17 de abril de 2001
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A população não deve mais continuar procurando os prontos-socorros municipais, simplesmente para resolver problemas de saúde que podem ser solucionados em uma das 23 unidades básicas do Município. O apelo é da Secretaria de Saúde, diante da crescente procura registrada nos últimos meses nos três PSs (Central, Macuco e Zona Noroeste), o que tem provocado uma série de transtornos aos usuários do sistema, principalmente em relação à demora no atendimento, apesar de todo esforço da equipe médica e dos funcionários. A principal causa do intenso movimento é a falta de orientação quanto à função emergencial dos PSs. As pessoas quando não estão se sentindo bem correm para o pronto-socorro. Cerca de 90% dos casos não são urgências nem emergências e sim ambulatoriais, que seriam solucionados nas unidades básicas com um atendimento mais completo e com médicos especializados. Como exemplo uma dor lombar, que no PS é tratada parcialmente com medicamentos, que apenas aliviam o sintoma (sintomáticos), enquanto na unidade básica (policlínica) o atendimento é direcionado à investigação da causa do problema e, quando necessário, o paciente é encaminhado a um especialista. Atualmente, nas 23 policlínicas, a média de espera por consulta é de uma semana. A demanda cada vez maior de pacientes de outros municípios, em busca de atendimento, também tem contribuído para aumentar o tempo de espera por uma consulta. Só no PS Central, o número de atendimento chegou a triplicar nas últimas semanas, onde a média diária chega a 500 consultas. As equipes de funcionários estão trabalhando no limite diante da sobrecarga. As pessoas precisam entender que a espera prolongada acaba acontecendo pelo fato de procurarem de forma errada os prontos-socorros lembrando que, na segunda-feira (16), foram atendidas no PS Central 630 pessoas, sendo que apenas 43 eram casos de emergência. ACOMPANHANTES Outra situação constatada ainda no PS Central, das 19 às 21 horas, de segunda feira: das 80 pessoas que se encontravam no saguão, 40 eram acompanhantes. Ontem pela manhã (17), entre as 7 e as 9 horas, 85 pessoas já tinham sido atendidas, a maioria de outros municípios, inclusive alguns pacientes foram trazidos em veículos das prefeituras de Caraguatatuba, São Sebastião, Guarujá, Cubatão e Peruíbe. Com a demanda, a UTI do PS Central, com seus oito leitos, está lotada, o mesmo acontece com a ala de repouso, com 22 leitos, que é utilizada para um repouso rápido se transformou em um mini-hospital, com pacientes com acidente vascular cerebral (AVC), proveniente de Guarujá, e com trombose venosa profunda. Diante desse quadro, a Secretaria de Saúde (SMS) está gastando mensalmente cerca de R$ 2,5 milhões, só na parte de atendimento. Do total das pessoas atendidas nos três prontos-socorros, 40% eram de outros municípios da Baixada Santista.