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Pioneiro em educação ambiental, Aquário atraiu mais de 71 mil pessoas em ações

Publicado: 1 de julho de 2020 - 8h02
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Maria Estela Galvão

Não há como deixar de relacionar o Aquário de Santos, que nesta quinta-feira (2) completa 75 anos, ao importante papel de educação ambiental que exerce. O parque é pioneiro em ações para sensibilizar sobre a importância da preservação da vida marinha e desenvolve projetos com crianças, jovens e adultos desde a década de 1970 como ferramenta de conservação do meio ambiente e sustentabilidade. Só no ano passado, 71.124 pessoas participaram de todas as ações do local.

“No final da década de 1970, o Setor de Educação Ambiental, como era chamado, tinha um programa, ‘Aprendendo com a Praia’, que levava conhecimento científico de forma clara por meio de atividades com profissionais e pesquisadores da área”, lembra Edna Santos de Gois, chefe da Unidade de Educação Ambiental do Aquário.

Ela relata que, naquela época, as atividades aconteciam sob uma lona semelhante à de um circo. “Alguns animais taxidermizados (que passaram por técnicas de preservação depois de mortos) eram utilizados. O espaço era pequeno, mas havia parcerias com outros setores”.

A taxidermia, aliás, já tinha setor específico e desenvolvia ações para ampliar o conhecimento sobre animais aquáticos, apresentar ao público exemplares do Aquário e ecossistemas marinhos locais e sensibilizar a população sobre as questões ambientais.

 

Animais taxidermizados

O Aquário iniciou um Programa de Educação Ambiental em 1990, com a bióloga Maricene Passos, passando a realizar cursos, visitas monitoradas, exposições, oficinas. Em 1999, a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99) consolidou a importância de se construir valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação da vida marinha.

Além do tradicional curso de férias, os projetos Vovô Sabe Tudo, Ecoeficiência (desenvolvido com os funcionários), treinamento de voluntários, exposições, campanhas e oficinas fazem parte da programação.

VÍNCULO ATÉ PELA INTERNET

De acordo com Edna, essas atividades desde sempre mantêm um forte vínculo entre o parque e a população. Atualmente fechado como medida preventiva à pandemia do coronavírus, o Aquário está realizando algumas das atividades de forma remota, como o projeto Aquário Vai à Escola (a unidade de ensino pede uma palestra ou outra atividade específica). O curso de férias, uma das atividades mais procuradas pelo público, pela primeira vez será pela internet.

Curso de férias no parque

Os cursos são divididos por faixas etárias e acontecem em janeiro e julho. Nas atividades de 2019, por exemplo, participaram 931 alunos. “São atividades que, mesmo nas férias, informam, interagem e divertem de forma educativa e lúdica. As pessoas desenvolvem um carinho especial pelos animais, aprendem a respeitá-los. Fomos desafiados a desenvolver um trabalho coletivo e conseguimos construir um ambiente acolhedor com um universo fascinante”.

As ações também estão presentes nas redes sociais do Aquário (no Instagram, @uea.aquario, e no Facebook, na Educação Ambiental do Aquário de Santos).

COMBATE AO LIXO NO MAR

Entre as questões mais relevantes para o Programa de Educação Ambiental do Aquário estão os impactos do descarte indevido de resíduos na vida marinha. Afinal, a ingestão de lixo como objetos plásticos, por exemplo, é um dos principais motivos da morte de animais marinhos que chegam ao Aquário para tratamento.

Santos tem adotado diversas ações para combater a poluição marinha. Desde 2018, a Cidade realiza um programa, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Associação Internacional de Resíduos Sólidos e governo da Suécia.

Desde fevereiro de 2019, na praia do Boqueirão, uma enorme estrutura de 3 metros de altura serve como ponto de recolhimento de resíduos, especialmente objetos plásticos. Chamada de Ecopeixe, ela armazena material que depois é separado por agentes da ONG Sem Fronteiras.

Crianças se preparam para depositar garrafas PET no Ecopeixe

No mesmo ano, o Ministério do Meio Ambiente lançou na Cidade o Plano de Ação Nacional de Combate ao Lixo no Mar.

E, no último verão, o Município desenvolveu uma ação inédita com ambulantes, denominada Operação Areia Limpa.

Artigos do projeto Areia Limpa

A última postagem da série especial termina nesta quinta-feira (2), com relatos de pessoas sobre suas memórias e relação afetiva com o parque.

 

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Fotos: Isabela Carrari, Raimundo Rosa, arquivo/Secom e divulgação

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