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Passarela na praia tem aprovação de pessoas com deficiência

Publicado: 20 de janeiro de 2010
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Acesso ao mar com independência. Essa foi a sensação das pessoas com deficiência física que acompanharam quarta (20) a inauguração da passarela, localizada junto ao Canal 3, que facilita a ida do calçadão até a beira d´água. A entrega da obra faz parte das comemorações de aniversário de 464 anos da cidade, e contou com a presença do prefeito João Paulo Tavares Papa, de outras autoridades e da população. Instalada pela prefeitura, por meio da Seserp (Secretaria de Serviços Públicos), a passarela de 80 metros de extensão, que vai do passeio interno da orla até a ponte em arco, é feita com dormentes de madeira descartados e doados pela Codesp. Cortados ao meio, foram fixados na areia com estacas de madeira e travados com cabos de aço revestidos de plástico entre a guia de pedra construída e a mureta do canal. Em Santos são cerca de 50 mil deficientes, sendo 15 mil com deficiência física ou mobilidade reduzida, segundo dados da Code (Coordenadoria de Políticas para Pessoas com Deficiência). Diante da aprovação dos cadeirantes presentes, o prefeito anunciou a construção de uma passarela em cada canal, com previsão de término em dois meses, que beneficiará ainda os idosos e até o deslocamento dos carrinhos de bebê. "Uma das prioridades desta administração é tornar Santos acessível em habitação, transporte e urbanismo", disse Papa sobre os próximos anos de trabalho. Para a jovem Vitória Marcelino Lopes, a passarela é o caminho para um tipo de lazer que antes era restrito. "É muito legal, agora a gente pode ir até o mar com mais facilidade". Sempre levada à praia pela mãe, a menina dependia ainda da ajuda de outras pessoas para chegar ao mar. "Eu não tinha força para empurrar sozinha a cadeira na areia fofa. Sempre precisei de ajuda e, por isso, quase não vínhamos à praia", comentou Carla, que estimulou a filha a se locomover sozinha pela passarela. Na entrega, esteve presente também o nadador paraolímpico Carlos Farrenberg, que aprovou a iniciativa. "Ficou muito interessante e torna-se um referencial para os deficientes visuais". Após a inauguração, Adelina Perez foi com o grupo de cadeirantes para a beira do mar com a sensação de liberdade. "A praia é o lugar mais democrático e agora podemos participar desse ambiente. Estou na beira d'água sem ter pedido ajuda ou passado por qualquer tipo de humilhação".