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Ocupação de leitos aumenta 36% em 11 dias em Santos. População precisa colaborar

Publicado: 28 de maio de 2021 - 18h45

O aumento de 36% na ocupação de leitos públicos de UTI covid-19 em apenas 11 dias acende o sinal de alerta entre as autoridades em Santos. Entre os dias 16 e 27 de maio, o Município viu crescer de 104 para 142 a ocupação entre os 218 leitos disponíveis.

Esse aumento provocou uma reunião, na tarde desta sexta-feira (28), entre representantes da Secretaria Municipal de Saúde e dirigentes dos hospitais públicos e privados. A baixa quantidade disponível de insumos (remédios e oxigênio) para atender os pacientes de covid-19 e a estafa das equipes médicas foram as principais preocupações manifestadas pelos representantes dos hospitais.

A esse cenário somam-se o fato de o tempo de permanência de um paciente em uma UTI covid-19 ser de 21 dias de internação (o triplo da média dos pacientes de outras doenças) e também o surgimento das novas variantes do coronavírus, com transmissões mais rápidas, de maior gravidade e com maior período de contágio.

COLABORAÇÃO DA POPULAÇÃO

"É importantíssimo que a população faça seu papel. Nós precisamos da ajuda da população", destacou o secretário municipal de Saúde, Adriano Catapreta, ressaltando que, ao longo dos últimos meses, devido ao grande número de vacinados, o Município tem registrado número menor de pacientes positivos para a covid-19 e com menos óbitos de santistas.

Em Santos, 34,1% da população santista recebeu a primeira dose da vacina (148.004 aplicações), já a segunda dose atingiu 20% dos moradores (86.647 vacinas). Esse cenário possibilitou a queda do número de óbitos: de 2 a 8 de maio foram registrados 43 mortes por covid-19; de 9 a 15, 32 óbitos (queda de 25,58%) e, 16 a 22, 25 óbitos (redução de 21,88%).

Segundo Catapreta, mesmo com o índice satisfatório de vacinação no Município, os santistas devem continuar com medidas como manter o distanciamento social, seguir com as medidas constantes de higiene e, principalmente, usar corretamente as máscaras.

"Não podemos criar a falsa sensação de que a pandemia está controlada. O bom índice de vacinados que registramos no Município não nos dá o direito de baixar a guarda. Ainda é o momento de tomarmos todos os cuidados, principalmente pelo surgimento das novas variantes, que são mais perigosas".

HOSPITAIS

Diretor da Santa Casa de Santos, Augusto Capodicasa afirmou que a maior preocupação atual em sua unidade é com a limitação do número de profissionais para o atendimento dos pacientes. "Estrutura física para aumentar nossa capacidade nós temos. Nossa questão é com o médico intensivista, por exemplo. É desgastante. Nossa principal tarefa tem sido a de manter nossa equipe motivada".

Mário Cardoso, diretor técnico da Sociedade Portuguesa de Beneficência, também se mostrou preocupado com a capacidade de atendimento, que está "sobrecarregada".

Diretor do Hospital Frei Galvão, Fábio Santos ressaltou ter notado uma diminuição na faixa etária dos atendidos na unidade. "Tem chamado muita atenção essa população mais jovem". Outra preocupação dele foi com os índices elevados de internação, tanto na UTI como na Enfermagem, que chegaram a beirar os 100%.

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