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Obras do pantheon entram na segunda etapa

Publicado: 4 de novembro de 2004
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Os trabalhos de restauro do Pantheon dos Andradas (Praça Barão do Rio Branco s/nº), no Centro, entraram na segunda etapa. Até dezembro, se não houver nenhum contratempo, o equipamento turístico – um dos mais visitados do Centro Histórico – será entregue à população. A obra de revitalização e preservação do imóvel está sendo realizada por funcionários da Fazer Construções e Engenharia Ltda., empresa vencedora da licitação, de forma minuciosa, até mesmo artesanal. Na primeira etapa, iniciada em 26 de abril, houve a recuperação do telhado, com substituição das telhas do tipo romana pela francesa, original do imóvel, e a revisão completa das redes elétrica e hidráulica. Segundo o engenheiro Márcio Augusto Lima, do Departamento de Obras (Deob) da Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Seops), a intervenção no telhado foi para sanar os problemas de infiltração que estavam contribuindo para a deterioração interna do imóvel. A segunda etapa, que está em andamento, prevê a recuperação do piso em madeira, dos acabamentos em gesso e realização de pintura geral, com a manutenção das cores originais da construção do Pantheon. Essa é a parte mais difícil do projeto de restauração. Todo serviço é realizado de forma meticulosa até chegar à pintura original, comentou o engenheiro, observando, que na restauração da porta principal do equipamento, que é toda de ferro, foram necessários dois meses de trabalho. Serão refeitos também os oito painéis que têm a figura de José Bonifácio, todos de bronze, e as peças de mármore que compõe o conjunto interno do equipamento. A restauração do Pantheon dos Andradas conta com aprovação do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Arquitetônico (Iphan) e Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa). A obra manterá as características originais do prédio e está sendo gerenciada pela Seosp, de acordo com o projeto do arquiteto Ney Caldatto, da Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan). HISTÓRICO Inaugurado em 1923, o Pantheon abriga a urna funerária do Patriarca da Independência e de seus irmãos. A sua construção só foi possível porque os padres da Igreja da Ordem Terceira do Carmo doaram o terreno. O local conta com oito painéis de bronze com cenas da história do Brasil. José Bonifácio faleceu em 6 de abril de 1844, aos 75 anos, em Niterói, e foi enterrado na Igreja da Ordem Terceira do Carmo. Após quase 30 anos de sua morte, o governador da Província de São Paulo decidiu homenagear o Patriarca com a construção de um túmulo na igreja. A obra foi concluída em 1889 e os restos mortais de José Bonifácio foram transferidos para o Pantheon em 1923, quando aconteceu sua inauguração.