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Novos sensores tornam alertas de chuvas mais precisos em Santos

Publicado: 19 de junho de 2019 - 15h10

O primeiro sensor de umidade do solo ligado a um pluviômetro automático (medidor do volume de chuva) começou a ser instalado em Santos nesta terça (18), no Morro Vila Progresso. Trata-se da ampliação da rede de monitoramento do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), ligado ao governo federal, que emite alertas para as defesas civis sobre a possibilidade de ocorrência de deslizamentos e alagamentos.

Em Santos serão oito novos aparelhos, chamados de Plataformas de Coleta de Dados Geotécnicos (PCDs Geotécnicos), que passarão a integrar o conjunto de dez pluviômetros existentes na Cidade, também gerenciados pelo Cemaden. As informações dos atuais e novos equipamentos, instalados em pontos estratégicos, são transmitidas a cada 10 minutos por tecnologia, via telefonia celular, para a central do órgão federal, em funcionamento 24 horas.

De acordo com o geólogo e pesquisador do Cemaden, Márcio Magalhães de Andrade, PCDs Geotécnicos são formados por tubos de três metros de comprimento enterrados no solo para verificação do volume da água por camadas.  

 

ALERTA DE CHUVA MAIS PRECISO

Para o coordenador da Defesa Civil de Santos, Daniel Onias, a partir dos novos equipamentos, a emissão dos sinais de alerta será melhor e auxiliará na tomada de decisões para realização das vistorias e isolamento preventivo das famílias em áreas de risco. “Isso é importante porque poderemos fazer a correlação do quanto choveu para deixar o solo pouco ou muito úmido. Quanto mais umidade, maior é a chance de deslizamento”.

A equipe do Cemaden fará mais sete instalações no prazo de um mês nos seguintes locais: morros Nova Cintra (1), Marapé (1), Saboó (1), São Bento (1), Penha (1), José Menino (1) e Monte Serrat (2). Além de Santos, recebem os mesmos equipamentos os municípios de Guarujá, Praia Grande, São Vicente e Cubatão, totalizando 15 aparelhos instalados.

 

ETAPAS

 

A instalação dos PCDs Geotécnicos (uma caixa de monitoramento com computador e unidade de armazenamento de energia) acontece em duas etapas, sendo a primeira com prioridade para perfuração e coleta de amostra do solo, instalação da sonda de umidade e preparo da infraestrutura para montagem dos equipamentos na segunda fase do trabalho.

Nesta primeira etapa, o solo escolhido para instalação do equipamento é analisado para confirmar se o local permite a perfuração. “Precisamos saber qual grau de umidade que este solo consegue absorver porque a crescente infiltração da água da chuva é inversamente proporcional à perda de resistência do solo”, comenta o geólogo do Cemaden sobre a instalação gradativa.

A expectativa é de que tudo esteja sendo operacionalizado em dois meses. A etapa de testes envolve outros fatores: transmissão de dados, funcionamento da bateria recarregada por painel solar, entre outros. Os dados enviados pelo Cemaden para as defesas civis também ficam disponíveis ao público pelo portal da instituição centro (www.cemaden.gov.br).

 

CONDIÇÕES

 

Os pontos selecionados foram visitados pelas equipes do Cemaden e da Defesa Civil e apresentam condições similares: registro de acidente, locais de risco, solo favorável para instalação da sonda, sinal de telefonia celular e área com alcance de luz solar para funcionamento da plataforma de tecnologia.

No Estado de São Paulo, a Baixada Santista é a primeira a ser contemplada com a ampliação da rede monitoramento e a segunda região beneficiada, ficando atrás de Recife (PE).

 

Fotos: Rogério Bomfim