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Mutirão contra a dengue conscientiza moradores da aparecida e do embaré

Publicado: 4 de fevereiro de 2002
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Apesar da chuva fina que caiu no começo da manhã de sábado ter retardado o início dos trabalhos, o mutirão contra a dengue, realizado nos bairros da Aparecida e Embaré pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), conseguiu cumprir o seu objetivo: levar informação os moradores de cerca de 13 mil imóveis localizados na região compreendida pelas duas áreas, visando conscientizá-los sobre a necessidade da ativa participação da população no combate ao Aedes aegypti. Ao todo, participaram da ação 150 agentes e 20 supervisores, que percorreram as ruas divididos em grupos, informando os moradores sobre os principais locais de proliferação do Aedes aegypti. Segundo a coordenação do Programa de Combate à Dengue (PCD), mesmo com todas as orientações foi constatada grande quantidade de focos dentro das residências, principalmente em ralos, e até em trilhos de boxe. Focos que poderiam ser eliminados com medidas simples e domésticas, tais como, colocar sal grosso ou água sanitária nos ralos, três vezes por semana, e escová-los com a vassoura para retirar possíveis ovos do mosquito, que duram até um ano. Para se ter uma idéia da gravidade e da rapidez do avanço da dengue, num prédio bem cuidado da Alexandre Martins, os técnicos encontraram, no jardim, larvas da dengue dentro de um potinho de vidro. Ou caiu da janela ou foi esquecido no local por distração de um morador, e foi coisa de ontem pra hoje, porque a faxineira verifica tudo, dia sim, dia não, ressalta a síndica Elizabeth Nogueira de Souza, admitindo que os condôminos reclamam muito da presença de mosquitos. A Coordenadoria de Saúde Coletiva, da SMS, recomenda que cada um faça a sua parte com responsabilidade, já que a ameaça de dengue hemorrágica não está afastada, visto os casos detectados no Rio de Janeiro. O próximo mutirão está marcado para o próximo dia 16 e irá abranger a Cidade inteira. O número de casos da doença subiu de 89 para 124, neste mês de janeiro, segundo dados fornecidos pela DIR-19, a Diretoria Regional de Saúde, mas a SMS ainda não foi informada sobre quantos destes são de moradores de Santos e nem a quais bairro eles pertencem. CÂMARA RECEBE PROJETO QUE PREVÊ MULTAS A PROPRIETÁRIOS DE IMÓVEIS COM FOCOS DE DENGUE O Executivo encaminhou à Câmara Municipal de Santos, na primeira sessão ordinária do ano, realizada ontem (4), o Projeto de Lei Complementar que prevê aplicação de multas a proprietários ou possuidores de imóveis não habitados regularmente e aos responsáveis por estabelecimentos públicos e privados, exploradores de atividades comerciais, indústrias ou prestadores de serviços que não mantiverem os terrenos e as edificações em geral constantemente limpos, sem acúmulo de lixo e livres de criadouros do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue. O projeto foi encaminhado ao Grupo de Assessoria Técnica Legislativa (GATL). Devido à gravidade do avanço da doença na região da Baixada Santista e o risco da forma hemorrágica. Na próxima sessão ordinária, prevista para quinta-feira (7), a votação deve ocorrer em regime de urgência. A Prefeitura decidiu propor a legislação específica uma vez que a dengue é um problema de saúde pública. Contudo, grande parte da população não está cumprindo as medidas difundidas pelo Programa de Combate à Dengue e, ainda, a restrição de muitos moradores (respaldados no princípio constitucional da inviolabilidade do domicílio) ao acesso dos agentes de saúde às residências. De acordo com o projeto, os infratores deverão adotar as providências indicadas pela Secretaria Municipal de Saúde, quando ficar constatada a existência de focos de criadouros. As infrações serão classificadas em quatro estágios: leves, quando detectada a existência de um a dois focos de vetores, com aplicação de multa no valor de R$ 200,00; médias, de três a quatro focos, com multa de R$ 400,00; graves, de cinco a seis focos, com multa de R$ 600,00; e gravíssimas, quando houver sete focos ou mais, com R$ 800,00 de multa. Na reincidência (repetição da infração), a multa será aplicada em dobro. Além das medidas punitivas, o projeto também prevê que a Prefeitura, independente das sanções previstas, poderá executar os serviços necessários ao combate e prevenção à dengue, inclusive abertura de muro e sua construção ou reconstrução, sendo que as despesas serão de responsabilidade do proprietário, acrescidas de cem porcento de seu valor a título de administração.