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Museu do bonde recebe primeiras doações

Publicado: 10 de outubro de 2000
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Um botão de campanhia de bonde e a documentação do motorneiro Domingos Egrejas foram as primeiras doações recebidas, na tarde do dia 9, para o acervo do Museu do Bonde, reinaugurado no saguão da Diretoria de Turismo da Setur, na Rua José Ricardo n.40. Li no jornal que estavam pedindo peças para o acervo e lembrei dessa campainha, que era usada pelo passageiro quando queria descer do bonde, conta Maurício Gonçalves, escriturário do Serviço Municipal de Transportes Coletivos (SMTC) de 1954 a 1956. Ele explica que as campainhas foram substituídas por cordões, porque davam choque. Sr. maurício comenta que já andou duas vezes no bonde turístico. E, apesar de estar isento da cobrança por causa da idade (66 anos), fez questão de pagar para prestigiar a iniciativa da Prefeitura de Santos e levar de lembrança o bilhete. Procurando esconder a emoção, Alfredo Egrejas entregou a Ficha da Matrícula de Motorneiro do pai, Domingos Egrejas, na City Santos Improvements Company (C.S.I.C), posteriormente SMTC, acompanhada da Carta-Matrícula de Motorneiro, expedida pela Prefeitura Municipal de Santos, em 30 de maio de 1921. Ela contém os 18 artigos do Regulamento para o Exercício da Profissão de Motorneiro, cuja nº 9 determina que É expressamente proibido conduzir o carro em vertiginosa carreira. Um recorte do jornal A Tribuna, datado de 28 de junho de 1956, participa a aposentadoria do motorneiro, depois de 35 anos de bons serviços. Com esses documentos me lembro dele como se fosse hoje, todo fardado, os botões brilhando, relembra sr. Alfredo, nessa que ele consider uma homenagem à Cidade e também ao saudoso pai.