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Mudanças climáticas entram no centro do debate da Semana do Meio Ambiente em Santos

Publicado: 8 de junho de 2022 - 19h49
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Uma série de palestras realizadas no Orquidário, nesta quarta-feira (8), trouxe o tema Mata Atlântica, Oceano e as Mudanças Climáticas para o centro das discussões envolvendo a comunidade, pesquisadores, universitários e profissionais da área. O evento, organizado pela Secretaria de Meio Ambiente de Santos, em parceria com a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ), faz parte ainda da Semana do Meio Ambiente.

A Mata Atlântica e as emergências climáticas e como tudo isso tem influenciado o cotidiano da população foi o ponto de destaque no encontro. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Marcos Libório, colocar a população em situação de segurança mesmo com as mudanças climáticas que estão ocorrendo é um desafio a ser enfrentado.

“De alguma maneira nós invadimos e diminuímos a Mata Atlântica e agora estamos sofrendo as consequências. Então, uma forma de contribuição é trazer a Ciência para nosso cotidiano, para a gestão pública. A ideia é promover o convívio mais harmônico entre o meio ambiente e o desenvolvimento urbano. Precisamos ter um ponto de equilíbrio entre a vida em sociedade e as emergências climáticas. Precisamos de um novo rumo e não continuar simplesmente agredindo áreas de proteção”.

Uma cartilha on-line está sendo preparada para apresentar aos santistas os riscos climáticos a que o Município está exposto, começando a partir de vivências registradas com a comunidade do Monte Serrat. Para criá-la, foi utilizada a metodologia AbE (adaptação baseada em ecossistemas) para a preparação do material, ou seja, os estudos levam em consideração as soluções baseadas na natureza, explica o chefe da seção de mudanças climáticas (Seclima), Eduardo Kimoto Hosokawa. A novidade foi apresentada durante as palestras.

“Ela foi escrita de forma didática para que todo mundo entenda. A ideia é que as pessoas percebam que já enfrentamos emergências climáticas, que elas são facilmente visíveis, como chuvas concentradas em curto espaço de tempo que deflagram deslizamentos, por exemplo. Há as ressacas que são mais recorrentes e rajadas de vento que ocasionam quedas de árvores. No dia 28 de abril, por exemplo, elas chegaram a 140km/h”.

Para Vítor Facirolli Diogo Martins, 21 anos, aluno de graduação da Unesp, o ciclo de palestras servirá para agregar mais conhecimento que será utilizado em seu trabalho de conclusão de curso (TCC). Ele estuda biologia marinha e quer unir informações para ajudar a sociedade a construir soluções para reduzir os impactos das alterações climáticas.

Segundo ele, o hemisfério sul será muito mais afetado pelas mudanças climáticas e principalmente as cidades litorâneas por conta da variação do nível do mar, conforme dados divulgados em pesquisas do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas).

“O objetivo do TCC é reunir os estudos de casos dessas regiões e compilar em um site. As informações serão ‘traduzidas’ para que todos consigam entendê-las. Assim, a população civil, empresários e políticos saberão como serão impactados por essas alterações e poderão criar planos e leis para adaptação e para minimizar impactos das mudanças climáticas”.

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Vítor Facirolli Diogo Martins. #paratodosverem
Vítor aproveitou encontro para agregar conhecimentos ao seu TCC
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