Moradores querem solução sobre a obra do canal 4

E agora? Essa era a pergunta que se faziam ontem moradores e comerciantes da Avenida Siqueira Campos, no trecho entre a avenida da praia e a Avenida Epitácio Pessoa, querendo saber como ficará a construção da plataforma sobre aquele ponto do canal 4. O futuro da obra - interrompida logo após iniciada - é uma incógnita, já que na última segunda-feira, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat), depois de três meses de estudos, aprovou o tombamento dos canais de drenagem da Cidade. O órgão estadual também recusou o projeto iniciado pela Prefeitura. O desejo geral dos que vivem ou trabalham naquela área agora é apenas um: querem uma solução rápida quanto à situação do local. Assim é que não pode ficar. É preciso que eles resolvam isso o mais rápido possível. Ou refazem como era ou deixam fazer a obra, disse Maria Luiza Santos Dias, moradora do Edifício Santo Antonio, onde a maioria dos condôminos aderiu ao abaixo-assinado em favor da construção da plataforma pela Prefeitura. Tive oportunidade de conhecer o projeto e seria algo muito bom para essa área. Proprietário de uma imobiliária, Jair Serra defende que já que a obra foi iniciada e o tombamento só aconteceu agora, o Condephaat deveria deixar que fosse concluída. Não terminar seria um retrocesso ao passo que o projeto pronto pode servir de modelo, considerou ele, defendendo ainda intervenções que melhorem o escoamento das águas pluviais. Residindo há 30 anos naquele trecho da Avenida Siqueira Campos, Vicente Ferreira Neto está inconformado com o cenário de guerra que avista do apartamento onde mora. Para ele, não há a menor dúvida de que essa história de tombamento foi uma manobra política, lançada em plena campanha eleitoral com objetivo de prejudicar a atual administração. Agora, também espera por uma solução urgente, para acabar com o quadro triste que prejudica a imagem da Cidade. Falo tanto da beleza de Santos e agora em plena temporada, quando receber amigos da Itália e parentes vindo de Mato Grosso é isso que eles vão ver abrindo a minha janela, lamentou. Ao seu lado, o amigo Jairo Moura Leão apesar de não morar naquela área, também pedia uma resolução imediata. Isso aqui é muito triste e está se transformando num cartão postal negativo da Cidade. Já o proprietário do Lanches Anhembi, João Antonio classificou de palhaçada o que fez o conselho estadual. Se era para tombar, porque deixaram iniciar a obra. E não sei por que essas pessoas que são de São Paulo resolvem o que é melhor para Santos. Eles não sabem que os passeios desse canal eram inclinados e inseguros para os pedestres e isso acabaria com o projeto. Agora que resolvam isso rápido.