Mergulhadores e oceanógrafo avaliam o solo da Ponta da Praia para a implantação do projeto piloto
Quatro mergulhadores estiveram nesta terça-feira (9), na Ponta da Praia, para avaliar o solo junto à mureta da orla. O local, na altura da Rua Afonso Celso de Paula Lima, é o ponto inicial da estrutura submersa que será montada para minimizar os efeitos das ressacas e o processo erosivo.
Eles entraram na água para verificar a interferência das pedras que existem no local. O trabalho antecede a colocação das estacas de madeiras que servirão para afixar o tapete que receberá as bags. As estacas também vão orientar a implantação da estrutura e depois serão retiradas. O trabalho foi realizado nesta tarde.
No mesmo horário, o oceanógrafo da empresa que está executando a obra do projeto piloto circulou em uma embarcação para verificar a topografia do solo. “Utilizando um ecobatímetro, ele mede a profundidade e marca as coordenadas de cada ponto medido”, explicou o engenheiro da Prefeitura, Ernesto Tabuchi.
Na quinta-feira (11), está prevista a chegada da segunda draga e também dos tubos que serão usados para levar a areia até as bags. A montagem da tubulação não ocorreu porque o material ainda não chegou. As dragas serão usadas inicialmente para a fixação das estacas. Durante o enchimento das bags, elas vão bombear a areia pelos tubos.
Para a formação da barreira – uma estrutura a partir da mureta da praia que segue mar adentro por 275 metros, e outra paralela ao muro com 240 metros de extensão – serão necessárias 49 bags. As bags serão posicionadas embaixo da água com o auxílio de mergulhadores, para que o tubo que vai levar a areia seja encaixado.
Depois de enchidos, cada saco pesará cerca de 300 toneladas. No total serão usados 7 mil metros cúbicos de areia.
A obra do projeto piloto custará R$ 2,9 milhões, recurso liberado pelo Ministério Público Estadual e que é resultado de multa ambiental por acidente ocorrido no Porto de Santos.
Fotos: divulgação