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Maternidade Silvério Fontes celebra vida de ex-prematuros

Publicado: 1 de dezembro de 2018
9h 00

Encerrando o Novembro Roxo, mês da Prematuridade, a Maternidade Silvério Fontes promoveu nesta sexta (30) uma festa em comemoração às crianças que nasceram prematuras no hospital. Nove delas, com idade entre 8 meses e 7 anos, alegraram a festa.

“Essas crianças passaram por um período de longa internação após o nascimento, o que fortaleceu o vínculo das famílias com a equipe da maternidade. Algumas que estão aqui são bebês que eu cuidei, que nasceram no meu plantão”, destaca Joyce Loureiro, enfermeira neonatologista.

Todas elas já haviam participado de sessão fotográfica, realizada no Dia Mundial da Prematuridade, em 17 de novembro, no Jardim Botânico Chico Mendes. Os registros foram feitos voluntariamente pela fotógrafa Ane Caroline Gomes, que na festa entregou às mães um CD com as fotos do ensaio, além de calendário 2019 personalizado.

Um dos casos de sucesso é o de Vitor Hugo de Melo, o mais velho da turma. Nasceu em 10 de maio de 2011, após 28 semanas de gestação, com 730 gramas e 34 centímetros. Passou quatro meses na maternidade até atingir o peso (1,815 kg) e maturidade necessários para enfrentar o mundo. “Nunca passou pela minha cabeça que eu sairia do hospital sem ele. Todos os dias eu ia na UTI, pedia para ele ficar forte e fui muito bem acolhida pela equipe”, conta a dona de casa Márcia de Melo, mãe de Vitor.

História semelhante tem Renata Oliveira de Amaral Arruda, que por quatro longos meses praticamente morou na Maternidade Silvério Fontes, para acompanhar a filha Júlia Arruda. A menina nasceu após 29 semanas de gestação, com 745 gramas e foi considerada pequena para a idade gestacional. Em outras palavras, um bebê prematuro extremo. “Tivemos todo o amparo e cuidado na Maternidade Silvério Fontes para que ela esteja aqui, com saúde. A equipe é maravilhosa, são seres humanos que nos entendem como mães”, enfatiza Renata.

A festa teve ainda bolo gentilmente cedido por Cássia Politto, da Cafeteria Dona Pompeia; e a presença da Branca de Neve e da Bela, da Super Amigos Arte Cosplay, grupo que atua voluntariamente. Lembranças para as mães foram doadas por Margareth Sabonetes Artesanais. Os brinquedos para as crianças fornecidos pelos voluntários da Igreja Nossa Senhora das Graças de Praia Grande. E a maquiagem artística para as crianças, colaboração de Rubens Frais Provesan.

PERSPECTIVAS

Anos atrás, a perspectiva de sobrevivência para bebês nascidos antes de tempo não era das melhores. Com o avanço da ciência e melhores práticas no manejo desse paciente, que é extremamente delicado, hoje podem ser conhecidas diversas histórias de sucesso. “Fazemos um trabalho de pré-natal com a perspectiva de que o parto prematuro não ocorra, mas ainda acontece em mães jovens ou com problemas de saúde. Atuamos com muita dedicação e técnica na UTI neonatal. É um período que exige muitos procedimentos, alguns invasivos, de forma conjunta e ininterrupta. Eles (pacientes) são os grandes vencedores e a presença dos familiares é fundamental para o bom prognóstico”, afirma a neonatologista Tânia Marília de Almeida Zeferino, estendendo o sucesso também à equipe de enfermagem e apoio (fisioterapeutas, assistentes sociais e psicólogos).

 

Fotos: Marcelo Martins

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