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Materiais para coleta seletiva devem ser armazenados com cuidado. Confira arte

Publicado: 21 de outubro de 2018
10h 00

Todo mundo sabe que a coleta seletiva traz benefícios sociais, ambientais e econômicos. Em Santos, ela ocorre há mais de 20 anos e atende a todos os bairros da área insular uma vez por semana, sempre nos mesmos dias e horários. O serviço é executado com o auxílio de quatro caminhões compactadores e se fortaleceu com o programa Recicla Santos, instituído a partir da lei complementar 952/2016, que veio para consolidar cada vez mais a adesão da população santista, incentivando a separação do lixo orgânico do resíduo reciclável. Mas como realizá-la de forma efetiva e prática no dia a dia?

O armazenamento do material requer alguns cuidados, orienta a Secretaria de Meio Ambiente (Semam). “É preciso lembrar que quem faz a triagem disso nas cooperativas e associações são pessoas que vão manusear esse material na chegada à cooperativa. Então, o vidro, que é perfurocortante, precisa ser embalado em jornal ou em caixa de papelão e sempre identificado, para que não tenhamos na cadeia produtiva da reciclagem, que é constituída pela coleta, transporte e separação para comercialização, o risco de acidente envolvendo catadores”, afirma o coordenador de Controle Ambiental da Semam, Paulo Batista de Oliveira.

Para diminuir o volume de alguns materiais e ocupar menos espaço em casa, a dica é abrir as caixas de papelão, leite ou suco - essas últimas podem ser higienizadas com água, deixar escorrer e guardar. Da mesma forma pode ser feito com garrafas PET, tirando a tampa e prensando-as para que não ocupem tanto espaço. “Assim, é possível armazenar uma quantidade maior. Esse material, depois da triagem, é paletizado em fardos, não é comercializado inteiro com a tampa”, explica ele. Outros cuidados são tirar, com papel toalha, o excesso de produto que restou em recipientes como pote de manteiga ou requeijão. 

OUTROS MEIOS

 - Além da coleta seletiva feita diariamente pela Prefeitura, quem tem grande quantidade de material reciclável em sua residência ou condomínio também pode recorrer às ONGs, cooperativas e associações de catadores para destinar o material. Com a criação do Recicla Santos, também é possível destinar as embalagens de produtos industrializados por meio dos grandes geradores comerciais como mercados e supermercados, que devem colocar à disposição da população um posto de coleta para recebimentos das embalagens dos produtos por eles comercializados.

“Assim, a pessoa não precisa colocar o material junto com o resíduo úmido, que a gente considera orgânico, e que vai para o aterro sanitário. Com a coleta seletiva, você extrai menos matéria prima in natura da natureza, aumenta a vida útil do aterro e, no final da cadeia produtiva da reciclagem, que ocorre dentro das cooperativas, ONGs e associações de catadores, esse material, antes considerado “lixo”, se transforma em matéria-prima, sustentando famílias que têm no material reciclável sua única fonte de renda”, diz o coordenador, ressaltando que uma boa gestão de resíduos traz excelentes indicativos de produção, consumo e desperdício.

Segundo ele, a reciclagem transforma o resíduo em novas embalagens, sem extração de matéria-prima, com menor consumo de água e energia pela indústria recicladora. “Embora a reciclagem sozinha não seja capaz de mudar nosso padrão de consumo, quando pensamos numa sociedade sustentável somos convencidos de que reciclar é fundamental”.

 

CAMINHÃO COMPACTADOR

Mais econômico e com menos impacto. Os quatro caminhões compactadores que fazem o serviço diário no Município têm capacidade, cada um, para 4,5 toneladas de materiais. Contam com equipe de quatro pessoas, entre motoristas e coletores. Há 15 anos, eles substituem o modelo ‘gaiola’. “Precisaríamos, pelo menos, de 12 caminhões gaiola e 12 equipes de quatro pessoas para fazer o mesmo serviço que os quatro caminhões compactadores fazem hoje, com um custo-benefício muito melhor. Tanto o caminhão compactador quanto o veículo ‘gaiola’ utilizam diesel, que direta ou indiretamente causam impacto no ar que respiramos. Mas, se é possível fazer o mesmo trabalho com menos veículos, o trânsito agradece”, ressalta Oliveira.

Os dias e horários da coleta seletiva podem ser conferidos aqui. Já a lista de cooperativas cadastradas pela Prefeitura para realizar o descarte, de acordo com a legislação, pode ser conferida neste link .

 

 

Arte: Rodrigo Vieira