Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Jovens descobrem potencial em programa da prefeitura

Publicado: 1 de dezembro de 2011
20h 00

A lei 2.362, de dezembro de 2005, é o divisor de águas na vida de vários jovens. Através dela, a prefeitura criou o PVJ (Programa de Valorização do Jovem), sob coordenação da Seas (Secretaria de Assistência Social).

Nos centros da juventude das zonas noroeste e leste são atendidas 47 pessoas de 16 a 21 anos, com baixa renda e dificuldade de qualificação e ingresso no mercado de trabalho formal. A história de alguns mescla sonhos e projetos concretizados pelo programa, inimagináveis para a maioria há alguns anos.

Quem conhece o PVJ sabe que os jovens são capacitados em atividades comunitárias, e ganham no caminho maturidade e exercem a cidadania. O programa os estimula a continuarem os estudos, oferecendo a eles uma bolsa-auxílio de R$130,00 por mês.

Por um ano e meio, os jovens permanecem vinculados ao programa, com aulas de segunda a sexta, das 14h às 17h30, na área de maior interesse, que pode ser comunicação (linguagem, vídeo, rádio, web designer, construção de texto e leitura), produção (costura, bordado e artes plásticas) ou meio ambiente (educomunicação, teatro e contação de história).

“Trabalhamos também as relações interpessoais. Não visamos só a capacitação profissional, mas atividades que contribuam para o pleno desenvolvimento de habilidades, necessárias à construção de projetos de vida”, diz Cristina Marinho, chefe do Centro da Juventude da Zona Noroeste. Formam a equipe instrutores profissionais ou ex-integrantes do próprio PVJ.

Na sala da comunicação é comum encontrar jovens rodeados por jornais. Eles selecionam as notícias mais importantes de acordo com sua realidade e reescrevem os textos, que são afixados num mural. O grupo também cobre eventos e aprende a fazer entrevistas, editar programas de vídeo e rádio.

Bruno Alexandre Carvalho, de 16 anos, está no grupo há três meses e descobriu na leitura um hobby. “Antes não gostava, mas agora peguei o hábito”, diz ele, que revela ter preferência pelas notícias culturais e pelas aulas de edição.

Produção
De agulha na mão, oito adolescentes, coordenadas pela monitora Arielle Tirzah, 22, dão vida à área de produção do programa. Elas fazem parte do 'Ateliê Magia do Ventre' e, como o nome sugere, aprendem costura e bordado ao confeccionar as roupas usadas pelas alunas da oficina de dança do ventre. A vontade de crescer é tanta que essas meninas até recebem encomendas.

Arielle é um dos exemplos. Ela começou no PVJ em comunicação, mas, como sempre gostou de costurar, criou o projeto do ateliê e foi aprovada pela direção. “Eu não tinha responsabilidades e no programa criei essa consciência de cidadã”, afirma a jovem, que também estuda gestão ambiental, resultado de convênio entre prefeitura e Petrobras.

Outra veterana é Vanessa Teodoro, 21, monitora da oficina de dança do Centro da Juventude da Zona Noroeste. Há seis anos, ela viu sua história se modificar. Tudo começou no antigo projeto Companhia de Dança, do PVJ. Com parte do dinheiro da bolsa investiu num curso de informática e não parou mais de estudar. Hoje, cursa fisioterapia gratuitamente na Unisanta (Universidade Santa Cecília), graças ao convênio da prefeitura com a instituição de ensino, por meio do programa 'Preparando o futuro'.

Pela manhã, Vanessa trabalha com crianças, e à tarde, com adultos e idosos. Eles aprendem dança do ventre e participam de terapia corporal. “Sem o PVJ seria bem mais difícil fazer faculdade e eu não teria condições de pagar. O programa foi o caminho para a monitoria e tudo acabou acontecendo de forma mais fácil e rápido. Hoje, faço o que mais gosto”.