Jovens dançam quadrilha contra o preconceito sexual
O Centro da Juventude (Cejuv) da Zona Noroeste rompeu a tradição dos festejos juninos ao misturar músicas típicas e contemporâneas e aproveitou para abordar um tabu: a sexualidade. Com o título de Quadrilha Invertida, meninos foram vestidos de mulher, enquanto as meninas se trajaram de homem.
Os servidores da unidade da Secretaria de Assistência Social (Seas) toparam a brincadeira, que aconteceu na última sexta-feira (24), e também se fantasiaram do sexo oposto. A chefe do Cejuv da Zona Noroeste, Mônica Alves Agostinho, explicou que a ideia surgiu na oficina de Cidadania e os próprios jovens organizaram tudo. “Nós (Cejuv) entramos para apoiar”, conta Mônica.
Respeito
Fernando Santos da Hora, de 19 anos, explicou que a ideia foi mostrar que as pessoas podem conviver com as diferenças. “O homossexual é criticado e sofre por algo que ele não escolheu”. Amanda Pereira, também de 19, disse que apesar da festa abordar o preconceito sexual, a intenção é condenar toda discriminação. “Tem muita gente que sofre preconceito porque mora na favela, nos morros. Isso é injusto”.
“Eu acredito que no futuro nós não vamos ter de conviver com isso (discriminação)”, declarou Lowrrany Evangelista, 17 anos. Já Victor Prado, de 19, teve raciocínio parecido. “O importante é as pessoas terem respeito”.
Saiba mais
Os três Centros da Juventude (Zona Noroeste, Morros e Zona Leste) trabalham o fortalecimento de vínculos comunitários e familiares entre os jovens.
Foto: Marcelo Martins