IronMãe: Mulheres se animam para prática do triatlo após festival em Santos

O 1º  Festival De Rosis de Triathlon reuniu 48 mulheres na sede do Instituto, na Ponta da Praia, em Santos, na manhã de domingo (8), para que muitas delas tivessem um empurrãozinho rumo à nova prática esportiva. Chamada carinhosamente de IronMãe, a prova, que contou com o apoio da Prefeitura, foi organizada para apresentar o triatlo e desmistificar a modalidade esportiva. 

"O objetivo do evento é trazer mulheres para o esporte. A gente sabe que muitas admiram, mas acabam tendo receio do triatlo porque, às vezes, as distâncias assustam e muita gente acha que é um esporte impossível e não é”, explica Rosecler Costa, que é a organizadora da prova e triatleta.  

Por isso, em vez de distância, foi o tempo que comandou o circuito.  Foram realizadas quatro baterias com doze participantes em cada. As atletas, muitas  iniciantes,  nadaramdurante 5 minutos em uma piscina, pedalaram por 15 e correram por outros 10 minutos.

"A gente quer provar para elas que, em meia hora, pode fazer  o tão famoso, nada, pedala e corre e ter a experiência de vivenciar o triatlo na prática”, diz Rosecler.

A comerciante Sheila Empalea, 49 anos,  planeja ser uma das novatas no triatlo e começou a degustação com festivais semelhantes. Ela já participou de outros dois e está empolgada com um Dia das Mães diferente. 

"Caí aqui de paraquedas. Sempre gostei de nadar, pedalar e correr. Mas nunca tinha juntado os três. Fiz um desafio ano passado e fui mordida por um bichinho. Voltei para a natação, comecei a correr. Estou emocionada. É vida".

A empresária Paula Ferreira Viana, 33 anos,  já pratica o esporte. Começou há quatro anos com o incentivo do marido e não parou mais. Para ela, o festival é uma porta aberta para que mais mulheres ingressem no esporte.

"Meu marido sempre ficava mostrando vídeos para mim e eu só corria na esteira. Não tinha nem bicicleta. Até que resolvi começar. A primeira vez foi terrível, mas fui até o final. Daí peguei o gostinho".

EM FAMÍLIA

Aos 14 anos, Marcela Amorim da Costa fez a primeira prova da vida depois de acompanhar a mãe fazendo diversos circuitos por anos.  “Acompanho o esporte desde pequena. Fazia natação, mas dei uma parada. Agora acho que vou fazer umas provas de triatlo para experimentar”.

Também embarcando na primeira prova, a professora de italiano, Bianca Logiudice, 44 anos, teve o apoio da família na reta final.  O marido, Sérgio, 47 anos, e os filhos Elena de 5 anos, Marta de 9, Giorgio de 11 anos,  e Francesco de 13 anos, correram ao lado dela para que tivesse forças para terminar a bateria. 

“Estou morta, mas foi maravilhoso. Ficaram me falando: vai mamãe, você aguenta! É o que a gente fala para eles todos os dias e hoje foi o contrário.  Lindo. E foram eles que me deram o kit para correr de presente do Dia das Mães”.   

RETA FINAL 

No final, nada de pódio. Elas receberam medalha de participação e uma rosa. “O que vale hoje é a experiência, é tornar esse dia inesquecível para elas. Ter uma medalha e poder dizer: completei meu primeiro triathlon e, daqui para a frente, posso, se quiser, me aventurar em uma próxima prova”, finaliza Rosecler.