Investimentos no centro são frutos da recuperação histórica

Além da criação de um parque histórico rico, cujo principal desdobramento é a preservação e o resgate das tradições da Cidade, uma das metas desta série de recuperações feitas pela Prefeitura também é a devolver aos comerciantes e empreendedores o estímulo e a confiança para o investimento no Centro da Cidade. E nesta fase de consolidação e término das obras, o que se nota é que o efeito tem sido positivo. Numa caminhada pelo Centro, pode-se observar vários comércios sendo reformados, além da preparação para o lançamento de alguns novos empreendimentos. De acordo com o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa), ainda é muito pequeno o número de comerciantes que sabem e utilizam os incentivos fiscais e urbanísticos reservados para a área do Centro. Os incentivos fiscais (IPTU e ISS) são dados para as reformas de imóveis situados na área do Corredor de Preservação Cultural (CPC). Além disso, existe também o incentivo urbanístico, um benefício extremamente moderno, criado em 1998, com a Lei de Uso e Ocupação do Solo, que é a possibilidade de efetuar a transferência de potencial construído de áreas do CPC para outros imóveis situados nos corredores de desenvolvimento e renovação urbana (grande vias, como as avenidas Ana Costa, Afonso Pena, Francisco Glicério). HABITAÇÃO Áreas, como Paquetá e Vila Nova, de acordo com a lei de 1998, também poderão ser utilizadas para projetos habitacionais, o que ajudará a trazer 'vida e luz' para o lugar. Opinião compartilhada pelo empresário do setor de eletrodomésticos e vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista, José Kauffmann Neto, que esteve presente na reunião de quarta-feira, o movimento em prol do Centro liderado pela Prefeitura só deve receber elogios. "Não acredito que exista nenhuma pessoa que ache este movimento uma besteira. Como sugestão, eu acho que também deveria ser incentivado povoamento, através de programas habitacionais, do Centro. Agregado a este cuidado que o poder público tem demonstrado com esta parte de Santos, isto seria uma forma de gerar mais consumidores para o comércio neste local".