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Inverno pede cuidados dobrados à respiração e ao coração. Veja dicas da UPA Zona Leste de Santos

Publicado: 3 de julho de 2022
15h 39

O inverno aumenta os índices de doenças respiratórias e cardiovasculares. Segundo o Instituto Nacional de Cardiologia, em comparação com as outras estações, em média, há um crescimento de 30% no número de infartos e de 20% de AVC (acidente vascular cerebral), durante a temporada de junho a setembro.

A estimativa é de que o índice de infartos aumente 7% a cada queda de 10°C na temperatura, principalmente, quando os termômetros atingem marcas inferiores a 14°C.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) aponta que as doenças cardiovasculares (DCV) são líderes de mortalidade no Brasil. Cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma doença no coração e, aproximadamente, 400 mil morrem por ano em decorrência dessas enfermidades, que correspondem a 30% de todas as mortes no País.

Existem vários fatores que contribuem para a maior ocorrência de casos no inverno, mas também há cuidados e medidas que podem ser adotados para diminuir os riscos de ocorrência de infartos e AVCs. Atenção a sintomas, hidratação, manter o corpo aquecido e tomar a vacina contra a gripe são algumas dicas importantes destacadas pelo coordenador médico da UPA Zona Leste de Santos, Carlos Alberto. Ele explica que o risco de doenças cardiovasculares cresce devido ao esforço que o organismo faz para manter o corpo aquecido.

“Quando as terminações nervosas da pele sentem o frio, estimulam a produção de um tipo de catecolamina, substância responsável por acelerar o metabolismo para evitar a perda do calor, como forma de proteção aos órgãos internos”, explica o médico da unidade, que é gerida de forma compartilhada entre a Prefeitura de Santos e a entidade filantrópica Pró-Saúde.

O coordenador informa que o mecanismo de aquecimento corporal faz com que as paredes dos vasos sanguíneos que irrigam a pele se contraiam e o coração faça mais força para bombear o sangue. Além disso, com a diminuição da sede no frio, as pessoas acabam ingerindo menos líquido e desidratam, tornando também o sangue mais denso e viscoso, que coagula mais facilmente e colabora com o aumento da pressão sanguínea.

No frio, também há um aumento na pressão sanguínea sobre a parede dos vasos que estão com o calibre reduzido, ou seja, além de sobrecarregar o coração, ainda facilita o desprendimento de placas de gordura localizadas no interior das artérias, que podem bloquear o fluxo do sangue para o coração e cérebro.

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

Em casos de doenças respiratórias, os diagnósticos mais comuns são de rinite alérgica, asma, sinusite, exacerbações de bronquite crônica, DPOC (doença obstrutiva pulmonar crônica), enfisema pulmonar e pneumonias. Carlos Alberto também enfatiza que as temperaturas baixas favorecem a circulação dos vírus causadores de infecções como gripes, resfriados e covid-19, mas reforça que o frio não tem relação direta com a redução da imunidade. “Os vírus estão mais ativos nessa época do ano e as pessoas tendem a se aglomerar em ambientes fechados, facilitando a transmissão de micro-organismos”, conclui o médico.

Além disso, segundo profissionais da saúde, as alergias também estão presentes nesse período do ano, devido ao tempo seco característico desta estação. Em decorrência desta falta de umidade, ocorre um ressecamento das mucosas nasais, que têm como função inibir a entrada de poluição, poeira e micróbios no organismo.

SINTOMAS E PRECAUÇÕES

Os principais cuidados e os sinais apresentados em casos de doenças cardiovasculares são: dor no peito que espalha para os braços, falta de ar e sudorese abundante. Já o AVC, é identificado por meio de déficits motores e de sensibilidade, além de outros sinais e sintomas neurológicos, identificados com maior facilidade por profissionais da saúde.

Para evitar problemas cardiovasculares no inverno, como em outras estações, é recomendada a prática de atividade física, sempre sob supervisão de profissionais, evitar exageros ao fazer exercícios, utilizar peças justas para manter a temperatura corporal, além de manter a alimentação equilibrada e beber água com frequência.

Sobre doenças respiratórias, a unidade destaca ainda a importância de se vacinar contra a gripe e ingerir água com frequência. Em caso de suspeita ou sintomas das doenças respiratórias ou cardiovasculares, é necessário buscar atendimento médico.