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Instituto albert einstein inicia pesquisa de dengue em santos

Publicado: 7 de abril de 2003
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Chegaram ontem (7), aos três prontos-socorros do Município, os primeiros 600 kits de coleta de sangue - duzentos para cada PS, enviados pelo Instituto Albert Einstein, que está coordenando um amplo estudo epidemiológico da dengue em Santos, com apoio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Funcionários dos Prontos Socorros e Hospitais já foram treinados no Albert Einstein sobre a forma correta da coleta e armazenamento de sangue para esse estudo. Técnicos da instituição de São Paulo compareceram ontem (7) às unidades, dando as instruções finais para o início da pesquisa que terá duração de dois meses, com objetivo de estudar a variabilidade genética do vírus da dengue, correlacionando-o aos achados clínicos em cada paciente. O resultado da pesquisa, que acontece de forma paralela na Argentina e França, numa parceria com o Instituto Pasteur, dará mais conhecimento sobre a doença e permitirá a aplicação de políticas públicas de vigilância epidemiológica. O sangue será colhido apenas de pacientes (que aceitem colaborar com o estudo) até o quinto dia dos sintomas, já que para o isolamento viral não pode passar desse período . Também foi entregue no Pronto Socorro da Zona Leste, contêiner com nitrogênio líquido, que servirá para armazenar os fraconetes contendo o sangue colhido dos pacientes com suspeita de dengue. O início da coleta de sangue dos primeiros pacientes está dependendo agora de surgirem portadores da doença, já que a epidemia registra poucos casos neste ano (apenas 192 até ontem), contra mais de quatro mil no mesmo período do ano passado. Outra dificuldade envolve o fato de muitos possíveis portadores só aparecerem nos Prontos Socorros após o quinto dia dos sintomas, o que inviabiliza a coleta para isolamento viral. O paciente do qual for feita a primeira coleta, deve comparecer uma semana depois, para um segundo hemograma, esse com finalidade de análise dos anticorpos. O estudo pretende aprofundar, hipótese já difundida, de que uma segunda infecção por um sorotipo da dengue têm maior risco de apresentar um quadro de evolução para dengue hemorrágica. Ou ainda, se há vírus mais agressivos que outros e que favoreçam o quadro hemorrágico. Também será analisado de que forma cada paciente reage a essa potencial virulência. A realização da pesquisa em Santos deve-se, não apenas ao fato da região ter registrado em outros anos o maior número de casos de dengue, como também pelo fato de Santos ter uma boa estrutura de Saúde, que facilita o trabalho. O objetivo inicial seria a análise de l.500 pacientes, mas se não for possível completar o trabalho neste ano, por falta de casos, a pesquisa prosseguirá no próximo ano. O Programa de Controle da Dengue também vai ajudar na busca de pacientes durante o trabalho de bloqueio, ou seja, na visita casa à casa, para eliminação de criadouros, será perguntado se alguém tem sintomas antes do 5º dia, encaminhando o caso para a coleta de sangue.