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Idosa pratica exercícios em programa santista e aposenta bengala

Publicado: 3 de março de 2022 - 19h50

Kauany Priscila da Silva

Fazer exercício é bom, mas se exercitar brincando é muito melhor. Esse é o lema do projeto Viva a Vida, da Secretaria Municipal de Esportes (Semes), que há seis anos leva idosas dos bairros Saboó e Santa Maria a gastar energia de forma descontraída. Parado desde o início da pandemia do coronavírus, o grupo retornou às atividades neste ano, para a felicidade das alunas.

As munícipes praticam a chamada “ginástica recreativa”, à base de alongamentos, exercícios com música e dança, numa aula de 50 minutos comandada pelo professor Márcio Bernardes, que é técnico desportivo em recreação e lazer na Seção de Escolas de Monitoria de Lazer Esportivo (Semol), da Semes.

“A ideia é trabalhar recreação, jogos, brincadeiras e dança, que são atividades que contribuem com as capacidades físicas e o bem-estar biopsicossocial do idoso”, explica o professor. Segundo Bernardes, atualmente o grupo conta com 20 alunas, número que já foi maior antes da pandemia. “Participavam umas 40 pessoas. Se não fosse o coronavírus, já estaríamos com mais de 50 alunos”.

SAÚDE E AMIZADES

A dona de casa Celina Martins, 71 anos, participa do projeto desde 2016. “Eu andava muito triste e aborrecida com alguns problemas familiares quando duas amigas me convidaram para vir. Eu vim e olhei meio assim, mas o pessoal foi muito atencioso, me chamou, falou: ‘Vem, vem participar’. Nunca mais saí. Hoje estou muito alegre, não tem mais tristeza aqui”.

Para ela, o projeto é importante não só pela saúde que proporciona às participantes, mas também pelos amigos que fez ao longo dos anos. “Nós conquistamos muitas amizades sinceras aqui. Digo que é a minha segunda família porque me dou bem com todo mundo. Aqui tenho com quem conversar, com quem me abrir”, afirmou a dona de casa.

Celina diz que se faltou três ou quatro vezes ao longo dos seis anos foi muito. A participante é tão assídua que ganhou o carinhoso apelido de “chefa” das colegas, amigas que conhece como a palma da mão. “Tem gente que entrou aqui com depressão e está muito melhor. A Laurinda, quando começou, usava bengala. Hoje não precisa mais”.

Laurinda Vieira de Oliveira é a participante mais velha do projeto, com 86 anos, e confirma a história da amiga. “Há quatro anos eu vinha para a aula de bengala, até que um dia eu esqueci”. Neste momento, o professor Márcio interveio. “Se esqueceu é porque não precisa mais!”. Segundo Laurinda, “as aulas dele me deixaram inteira de novo”.

AULAS

As aulas do projeto Viva a Vida são livres, gratuitas e não é preciso fazer inscrição para participar, basta comparecer. O grupo se reúne às terças e quintas-feiras, das 14h30 às 15h30, na Escola Estadual Padre Bartolomeu de Gusmão (Rua Itanhaém, 364, Saboó), e às segundas e quartas, das 9h às 10h, na Sociedade de Melhoramentos do Jardim Santa Maria (Rua Viriato Corrêa da Costa, 116).

Galeria de Imagens

alunas estão em pé, com um dos pés fora do chão e com os braços abertos. #paratodosverem
Aulas são dadas no Saboó e Santa Maria
alunas estão de lado, com os braços esticados para frente, fazendo igual ao professor, em primeiro plano. #paratodosverem
professor, de costas e em primeiro plano, está em pé, com os braços erguidos e flexionados na altura dos ombros. Ele dá o exemplo para as alunas fazerem o mesmo. #paratodosverem
grupo posa para foto com todos em pé e os braços para cima. #paratodosverem
duas mulheres em pé se movimentando comos braços para o alto. #paratodosverem
Laurinda (à frente), 86, esqueceu a bengala e não precisou mais
Mulher se movimenta em pé. #paratodosverem
Celina, 71, é a chega da turma
O professor Marcio Bernardes movimenta-se com as mãos para o alto. #paratodosverem
O professor Marcio Bernardes