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Guardião-cidadão: um projeto vitorioso

Publicado: 5 de maio de 2006
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Em apenas três meses de atividades, o projeto Guardião-Cidadão, da Secretaria de Segurança (Seseg), já conquistou a confiança da população. Para os moradores e turistas, eles representam mais segurança na orla da praia. Em relação aos jovens envolvidos, significa a chance do primeiro emprego. Chamados também de agentes de cidadania e educadores sociais, os guardiões atuam de forma integrada com a Guarda Municipal, em ação conjunta com as policias civil e militar e o serviço de videomonitoramento realizado por cinco câmeras instaladas na orla. De acordo com a Seseg, houve redução significativa de ocorrências nessa região da Cidade e a presença ostensiva dos guardiões tem colaborado no processo. Segundo a GM, diminuíram as depredações, pichações, uso de drogas e presença de desocupados na orla. Numa etapa posterior, os guardiões serão destacados para escolas, unidades de saúde e na prevenção a agressões ao meio ambiente. A Seseg também pretende utilizar moças como guardiãs-cidadãs. O grupo pioneiro de guardiões-cidadãos é formado por 200 rapazes, de 18 a 20 anos, selecionados entre 600 jovens inscritos e quites com o serviço militar. Eles receberam treinamento intensivo de 30 dias com aulas teóricas e práticas de primeiros socorros, além de conhecimentos básicos em turismo, comunicação e expressão, legislação municipal e estatutos da criança e do idoso. A população pode facilmente identificá-los, porque andam geralmente em duplas e uniformizados com calça jeans, camiseta branca, jaleco azul e tênis preto. Alguns também portam rádios comunicadores. Cada guardião recebe uma bolsa de qualificação profissional, que inclui abono pecuniário mensal de R$ 450,00, cesta básica ou auxílio-alimentação e seguro contra acidente de trabalho. O contrato firmado com a Prefeitura é de um ano, podendo ser renovado por mais 12 meses. SATISFAÇÃO E ELOGIOS A iniciativa da Prefeitura agradou tanto os guardiões-cidadãos recrutados quanto a população. O guardião Leonardo Melo Moura Fé, 20 anos, ex-soldado do Exército, é um deles. O que mais me marcou nesses três meses foi ter socorrido um casal de ciclistas envolvido em acidente com ônibus. Isolei a área, mantive o dois imobilizados no asfalto e chamei a Guarda Municipal. Douglas Romão da Silva, de 20 anos, demonstra satisfação em poder contribuir para a segurança da Cidade. Do seu relacionamento com a população, ele destaca a aflição de um homem que havia se desencontrado do sobrinho. Mas nós localizamos o menino e tudo acabou bem. O guardião Kaio Felipe Silveira, 19 anos, que está no primeiro ano de jornalismo da Unisanta, considera seu trabalho importante porque é uma chance de emprego e funciona como aprendizado sobre a Cidade e como servi-la, disse ele, acrescentando que participou de um flagrante de porte de entorpecente no Emissário Submarino. Os elogios ao projeto não se restringem aos próprios participantes. Os munícipes têm se manifestado favoravelmente ao projeto. É o caso de Ilídia Ferrari Gagliotti, que costuma pescar ao lado do marido na Ponta da Praia. Eles nos dão mais segurança. Sei que se precisar eles me atenderão. Para o aposentado Ariovaldo Oliveira Campos, a iniciativa é 100% correta. Quando eles estão presentes o lugar é respeitado. O comerciante Raimundo Fonseca da Silva, dono de quiosque no Embaré, completou: É uma boa idéia que afugenta os mendigos da orla da praia. Contatos com a Seseg podem ser feitos pelo telefone 3201-5190 ou pelo e-mail seseg@santos.sp.gov.br