Fundo Social já qualificou 713 pessoas neste ano

Em meio à crise econômica nacional e ao aumento do desemprego no País, o Fundo Social de Solidariedade (FSS) atua para oferecer perspectivas aos santistas, ampliando as capacitações para o mercado de trabalho. Nesta quinta-feira (20), às 14h, no Teatro Guarany (Praça dos Andradas, 100), ocorre a entrega de certificados aos 713 formados em capacitações realizadas no primeiro semestre. O número de formandos é quase o mesmo de todo o ano passado: 754 pessoas (432 de janeiro a junho e 322 de julho a dezembro).

Serão entregues certificados referentes a 12 cursos, entre panificação, artesanato variado, construção civil, Escola de Moda e Escola de Beleza. O Fundo Social mantém várias parcerias para oferecer os cursos. Os alunos são todos maiores de 18 anos, em situação de vulnerabilidade e alguns foram encaminhados para capacitação pela Secretaria de Assistência Social.

Tendência

A oferta de mais cursos, principalmente na Zona Noroeste, e a reformulação nos horários das aulas, resultaram no crescimento apurado este ano. A formação em panificação artesanal foi a grande a responsável pela evolução, com a formação de 555 munícipes - mais do que o dobro do primeiro semestre de 2014, com 250 formandos.

Uma das modalidades mais novas, a Escola de Moda ensinou corte e costura para 20 pessoas no primeiro semestre de 2014, aumentando para 33 no mesmo período deste ano. A presidente do Fundo Social, Maria Ignez Barbosa, disse que a tendência é de continuar aumentando a oferta de capacitações. “É uma forma de ajudarmos as pessoas a enfrentarem a crise e o desemprego que está aí”.

Parcerias

Os cursos de manicure e pedicure e o de Forno e Fogão são desenvolvidos em parceria com a Associação Paulista de Supermercados (Apas). Já as aulas da padaria artesanal, Escola de Moda, Escola de Beleza e Escola da Construção Civil ocorrem em parceria com o Fundo Social de Solidariedade do Estado; e os cursos de artesanato são do Fundo Social de Santos.

Curso devolve autonomia

O nascimento do filho com Síndrome de Down mudou a vida de Claudijane de Lima Galdino, 41 anos. A necessidade de dedicar tempo e atenção ao bebê a levou a sair do emprego e o sustento da família, de cinco pessoas, ficou limitado apenas à renda do marido. Com o desemprego dele, passaram a sobreviver de benefícios sociais.

A situação começou a melhorar após o curso de costura do Fundo Social, em 2014. Hoje, um ano depois, ela dá aula, trabalha em casa por conta própria e chega a recusar encomendas, de tanto serviço. O marido voltou a trabalhar e a vida da família melhorou.

“O curso foi um divisor de águas em minha vida e hoje eu falo para minhas alunas se dedicarem, porque serviço não falta”.

Foto: Marcelo Martins