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Fundação Pró-Esporte de Santos completa 25 anos com apoio a mais de 5 mil atletas de alto rendimento

Publicado: 12 de agosto de 2021 - 12h41

Quem assistiu aos Jogos Olímpicos de Tóquio e todas as histórias de superação por trás de cada medalha pôde perceber quanto as políticas públicas propiciam oportunidades e fazem diferença na vida de quem segue a carreira esportiva. Nossa Cidade dá exemplo nesta área pelo trabalho da Fundação Pró-Esporte de Santos (Fupes), que completa nesta sexta-feira (13) 25 anos de apoio ao esporte de alto rendimento e já beneficiou mais de 5 mil atletas.

Atualmente são 400 atletas apoiados. Um deles é o jovem mesatenista Richard Amici Pinheiro (Fupes/Saldanha da Gama/Unisanta), de 19 anos, que conseguiu transformar sua brincadeira de criança em esporte profissional, se destacando em disputas pelo Brasil.

Isso graças ao seus esforços e suporte da Fupes, que gerencia os esportes de competição da Cidade e tem como principal programa o ‘Adote um Atleta’, que concede auxílio financeiro mensal aos esportistas, com base na lei 2.351/2005. Esses esportistas representam Santos nos Jogos Abertos, Regionais e da Juventude e competições nacionais e internacionais.

ESTRUTURA

Além de proporcionar melhor estrutura para treinamento dos atletas em espaços esportivos novos ou readequados, como o Complexo Esportivo e Recreativo da Zona Noroeste, a Arena Santos e o M. Nascimento, a Fupes também estimula parcerias entre setor público e privado. Ainda estabelece convênios com outras instituições ligadas ao esporte, viabilizando várias modalidades e propiciando aos atletas acesso a serviços de equipe multidisciplinar, como fisioterapeuta, nutricionista, preparador físico, entre outros.

“Estamos sempre em busca de novos parceiros que venham qualificar nossos atletas em diversas modalidades, como parcerias na área de saúde e educação, visando melhores resultados para nossa Cidade. Também temos o programa de bolsas de estudos junto a universidades de Santos”, afirma o diretor-presidente da entidade, Cristhian Martins Pereira.

 

'Adoção' impulsionou no caminho aos títulos

Antes de ser ‘adotado’ pela fundação, a relação de Richard, morador do Rádio Clube (Zona Noroeste), com o tênis de mesa começou aos 9 anos, no pátio da escola estadual Zulmira Campos que, à época, era aberta à comunidade aos sábados e domingos. Era ali que ele se divertia entre um saque e outro com amigos e familiares. E foi percebendo o interesse do filho que seu pai o inscreveu para fazer aulas da modalidade no Centro Esportivo da Zona Noroeste, quando Richard tinha 11 anos.

Ele só não imaginava que ali seria o pontapé para sua carreira e que, em 2018, assinaria termo de compromisso com a Fupes para representar o Município nos Jogos Regionais. “Ter esse apoio é muito importante, porque me ajuda financeiramente em vários campeonatos. E significa muito para minha carreira poder representar a Cidade e o orgulho que tenho por ela”, diz o atleta, com gratidão a quem lhe deu oportunidades. “Comecei a jogar por Santos graças aos meus técnicos Lígia Silva e Guilherme Simões, que me ajudaram desde lá debaixo até chegar aqui”, completa.

Atuando como profissional há seis anos, Richard já conquistou por Santos o primeiro lugar nos Jogos Abertos e Regionais, Brasileiro (categoria adulto), Copa Brasil e Paulista (ambos categoria juvenil). E sonha alto: “Quero seguir em frente e representar Santos em muitos mais lugares. Quando eu parar, quero ser professor de tênis de mesa e trabalhar muito para revelar novos atletas para essa cidade campeã”.

 

Pioneiros, os primeiros apoiados pela Fupes

Se Richard é um dos mais novos atletas apoiados pela Fupes, os ex-judocas Andréa Berti e Alex Guedes foram os primeiros a serem beneficiados pelo ‘Adote um Atleta’, quando estavam no início da carreira. Na época, ambos já eram adotados por programa da Semes e, com a criação da Fupes, continuaram recebendo apoio por esta entidade.

“É um programa fundamental para que os atletas possam melhorar suas condições para os treinamentos”, destaca Andréa, que iniciou no judô, aos 12 anos, no Brasil Futebol Clube. Como atleta da seleção brasileira, ela coleciona conquistas nacionais e internacionais, entre elas o bicampeonato dos Jogos Sul-americanos (Venezuela/1994 e Equador/1998), a primeira colocação no Pan Americano (Argentina/2001) e a terceira nos Jogos Pan Americanos de Mar Del Plata (Argentina/1995).

Casada com Alex, Berti também participou dos Jogos Olímpicos de Barcelona, na Espanha (1992), e dos Jogos Olímpicos de Atlanta, nos Estados Unidos (1996). “Estamos sempre representando nossa Cidade, onde iniciamos a história de nossa carreira”, ressalta a atleta, que parou de competir nacionalmente em 2006 e, atualmente, é técnica da seleção brasileira sub 21 feminina da Confederação Brasileira de Judô.

Para Alex, com a criação da Fupes houve atenção especial para atletas de alto rendimento. “Era uma estrutura que já existia, mas com essa entidade se tornou profissional, ampliando para mais modalidades. Sem essa ajuda, talvez, eu não teria conseguido chegar tão longe, pois tive a possibilidade de apenas treinar, que é o trabalho do atleta. Consegui graças à Fupes e sou eternamente grato”. Ele chegou à seleção brasileira de judô participando de dois mundiais na modalidade, na Inglaterra (1999) e no Egito (2005), além de ter conquistado vários títulos de expressão no Brasil, sendo sete vezes campeão brasileiro e várias vezes campeão paulista.

Atualmente, Alex é servidor público da Prefeitura de Santos. Chegou a trabalhar com iniciação de judô no Centro Esportivo da Zona Noroeste e hoje está no setor administrativo da Semes, sendo gestor de acordos de cooperação realizados pela pasta. “Minha vida, família e carreira profissional foram construídos por meio do esporte. Meu sonho e objetivo de vida hoje é devolver para a sociedade tudo o que o judô me deu”.

 

Campeã retribui atuando na instituição

Na sala de trabalho da diretora de marketing da Fupes, Danielle Zangrando, há objetos afetivos que revelam uma trajetória esportiva de conquistas mundo afora: a tocha olímpica e os mascotes de Olimpíadas. A ex-judoca começou a disputar Jogos Regionais e Abertos em 1996 com apenas 16 anos, no mesmo ano em que a Fupes foi criada. “Foi a primeira entidade que defendi como atleta junto com a Associação de Judô Rogério Sampaio, que tem parceria com a Fupes. É uma entidade que apostou em mim desde o início da minha carreira e me ajudou a desenvolver como atleta”.

Danielle também tem coleção de títulos: campeã dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro (2007), bronze nos Jogos Pan-Americanos em Mar Del Plata (1995) e Winnipeg (1999) e tricampeã sul-americana. E foi a primeira mulher do Brasil a conquistar uma medalha em um Campeonato Mundial adulto (bronze), em 1995. Enquanto esteve como atleta da Fupes, disputou os Jogos Olímpicos de Atlanta (1996) e Atenas (2004).

Ela parou de competir nos Jogos Abertos de 2010 quando engravidou da filha, hoje com 10 anos, e há oito é diretora de marketing da entidade que a apoiou. “É uma alegria muito grande e, ao mesmo tempo, um compromisso de retribuir tudo o que a Fupes fez por mim, como atleta de alto rendimento. Faço o máximo possível pelos nossos atletas, pois sei exatamente o que eles precisam para se desenvolverem melhor”.

 

Fotos: Isabela Carrari (Richard e Danielle) e Arquivo Pessoal (Andréa e Alex). 

Galeria de Imagens

André segura réplica da tocha da Rio 2016. #pracegover
Andréa disputou duas olimpíadas.
Imagem de Alex com quimono azul e medalha no pescoço com imagens da cultura japonesa ao fundo. #pracegover
Alex conquistou vários títulos e disputou dois mundiais.
Daniele com a mão no queixo ao lado de mascote e réplica de tocha olímpica. #pracegover
Zangrando hoje é diretora de marketing da Fupes.