Fundação Arquivo e Memória de Santos restaura álbuns históricos de jornal centenário

A Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams) restaurou um conjunto de álbuns de fotos do acervo de A Tribuna visando preservar uma parte importante da história tanto para o jornal quanto para as futuras gerações.

A entrega foi feita pelas diretoras administrativa, Maria Silvia Papa, e técnica, Wânia Seixas, da Fams, à gerente de Projetos e Relações Institucionais do Grupo A Tribuna, Arminda Augusto, na sede do Arquivo Permanente da Fams, na Rua Amador Bueno, 61 (Centro Histórico).

Resultado de parceria entre as duas instituições, o restauro e a estabilização dos álbuns fotográficos de A Tribuna foi realizado por especialistas da Fams e convidados. As capas foram reforçadas e as fotos higienizadas mecânica e quimicamente.

Segundo Marcelo Mathias, um dos restauradores envolvidos, a ideia é sempre recuperar os documentos. “Quando não é possível, devido à ação do tempo, tentamos chegar próximo de como eram, sempre com a preocupação de usar materiais que vão garantir maior sobrevida, para seguir contando a história às gerações futuras”. Também integraram a equipe de restauradores Adélia Alcover, Liliam Tavares e Maria Lúcia Spinelli.

PRACINHAS

Entre os destaques dos álbuns há registros feitos pelos próprios pracinhas durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Eles encaminhavam o material para A Tribuna a fim de informar os familiares dos combatentes por meio do veículo.

Segundo Arminda Augusto, do Grupo A Tribuna, o material é uma verdadeira relíquia e possui um valor incalculável para o resgate da memória. “Com certeza, esse material vai integrar o projeto de aniversário de 130 anos do Jornal A Tribuna, que será comemorado em 26 de março de 2024”.

PRESERVAÇÃO

Com sede no Outeiro de Santa Catarina, também no Centro Histórico, a Fundação Arquivo e Memória de Santos é uma instituição que trabalha no gerenciamento dos arquivos públicos da Prefeitura de Santos e com a memória documental e iconográfica da Cidade, garantindo apreservação e a disseminação desse patrimônio.

Também conhecido como Arquivo Histórico, o Arquivo Permanente da Fams abriga cerca de 60 mil documentos, entre eles o mais antigo da Cidade: um contrato para pesca de baleia, datado de 1765.

Há outras raridades, como o convite de inauguração do Teatro Coliseu, uma nota fiscal do século 19, obras de Martins Fontes e Vicente de Carvalho datadas de 1908, além de registros, como de autorização do sepultamento de escravos no Cemitério do Paquetá.