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Funcionárias municipais são verdadeiras mães

Publicado: 10 de maio de 2001
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Mãe é uma só que a gente tem no mundo, diz uma antiga canção. A mãe biológica sim, mas durante a vida é possível encontrar pessoas que muitas vezes complementam o papel dessa mãe. É o que acontece com funcionárias públicas municipais, que no ofício cotidiano acabam se transformando um pouco em mães de filhos que não são os seus. Janete Teixeira Rocha, de 38 anos, há quatro, ajudante-geral da Creche Casa da Criança, da Prefeitura, entre outras tarefas, cuida dos lençóis, arruma os berços, auxilia nos passeios e ainda encontra disposição para brincar com as crianças. Ela diz que seus filhos já estão com 20 e 22 anos e, se chega triste ao trabalho por algum motivo, o contato com os pequenos, que têm no máximo 3 anos de idade, já altera o humor. Um abraço deles já me alegra, revela sorridente. Experiência semelhante tem Ana Aparecida Oliveira Assunção, mãe de três filhos adolescentes e há sete anos monitora da Creche. Todos aqui são como nossos filhos, diz emocionada. A jornada de trabalho delas, assim como das outras funcionárias, envolve pequenos cuidados de mães que vão além de trocar fraldas, servir as refeições e colocar no berço para dormir. A educação e o carinho são importantes, dizem. O ESSENCIAL É A AFETIVIDADE Maria Isabel Iglesias, da Emef Maria Luísa Alonso, há 25 anos no ofício de ensinar e educar, é também um dos inúmeros exemplos de professora-mãe, no trato com seus alunos. Ela é muito carinhosa, revela a estudante Camila Alves Nunes, de 7 anos. Aos 52 anos, com duas filhas de 26 e 28, uma médica e outra advogada, Maria Isabel ressalta que o essencial, além da obrigação de transmitir conhecimentos, noções de valores, educação e respeito, é o toque físico e a afetividade. Um abraço, um beijo ou um aperto de mão são fundamentais. Ela diz que a maioria das crianças passa mais tempo com as professoras do que com as próprias mães, que trabalham fora, restando poucas horas para ficar com os filhos e dar atenção a eles. Temos que suprir essas necessidades, e isso é muito gratificante, diz ajudando a preparar o presente do Dia das Mães dos alunos. MERENDAS COM AMOR Elas tratam bem a gente e a comida é gostosa, confessa Denis da Silva dos Santos, de 7 anos, aluno da 1ª série da Emef Maria Luísa Alonso, com relação às duas merendeiras da escola: Célia Regina Gonçalves e Rosângela Dantas, funcionárias da Prefeitura há sete anos. Para elas o melhor ingrediente é o amor. Procuramos cozinhar e servir com a mesma dedicação que temos na nossa casa, diz Rosângela. Na hora da merenda, quando estão muito agitados eu procuro tratá-los o melhor possível para acalmá-los, completa Célia. ORIGEM DO DIA DAS MÃES Amanhã é o Dia das Mães. A data foi criada em 1908, em West Virgínia, nos Estados Unidos, por Anna M. Jarvis que, ao prestar uma homenagem à sua mãe, que falecera pouco tempo antes, resolveu estendê-la a todas as outras mães. No Brasil a data foi comemorada, pela primeira vez, em Porto Alegre, em 12 de maio de 1918, pela Associação Cristã de Moços.